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Fêmea filhote de gato ameaçado de extinção tem grave fratura e será operada no ES

A filhote foi atacada por cães domésticos em uma área de mata na Grande Vitória. Cirurgia será realizada por veterinário de São Paulo que faz trabalhos voluntários

Foto: Divulgação | Diogo Garnica

Uma filhote de gato-maracajá, espécie ameaçada de extinção no Brasil, foi encontrada com uma lesão na pata e abandonada pela mãe após ser atacada por cães domésticos nas proximidades do Parque Estadual de Itaúnas, em Conceição da Barra. 

A espécie Leopardus wiedii, como é conhecida cientificamente, está classificada como ameaçada de extinção pelo Ministério do Meio Ambiente. Ela foi resgatada e recebeu os primeiros socorros pelos servidores do referido parque.

O felino foi levado pela Polícia Ambiental, no último sábado (12), para o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) do Iema e foi constatado uma séria fratura no fêmur do animal. 

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Diante do ocorrido, os médicos veterinários do IPRAM contaram a história para o especialista em ortopedia veterinária do Estado de São ´Paulo, Diogo Garnica. Ele se prontificou a fazer a cirurgia voluntariamente. 

Garnica atua constantemente em Vitória em trabalhos voluntários e, mais uma vez, aceitou operar o animal.

Foto: Arquivo Pessoal | Diego Garnica

Segundo ele, o felino necessita de cuidados especiais, uma vez que está ameaçado de extinção e a continuidade da espécie é necessária para a biodiversidade brasileira. 

"Uma espécie como essa, é de extrema importância cuidar e fazer sua reintrodução na natureza. Ainda mais por se tratar de uma fêmea que tem uma função essencial de propagar a espécie. Causando assim um impacto ambiental", ressaltou o médico. 

A cirurgia está programada para ser realizada em um hospital veterinário particular da Praia do Canto, na Capital, nesta quinta-feira (17). O médico desembarcou nesta quarta-feira (16) ao Espírito Santo. 

Divulgação | Diogo Garnica
Divulgação | Diogo Garnica

Durante o procedimento, será colocada uma placa e parafusos de titânio para estabilizar a fratura. De acordo com o especialista, a gata silvestre pesa 600 gramas e a cirurgia é de alta complexidade.

"Vamos contar com uma equipe completa de profissionais para realizar o procedimento. Por se tratar de um filhote que pesa apenas 600g, a cirurgia é considerada de alta cumplicidade. Vai ser necessário que o animal fiquei em observação na UTI, fazer acompanhamento e exames."

Trabalhos voluntários realizados no ES

Essa não é a primeira vez que o médico realiza um trabalho voluntário para salvar animais silvestres no Espírito Santo. De porco-espinho a gavião, o médico já salvou inúmeros bichos. 

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Em novembro do ano passado, um cachorro-do-mato atropelado foi resgatado próximo à Rodovia do Sol e precisou passar por uma cirurgia para colocar uma placa de titânio em uma das patas. Em 2020, uma cirurgia complexa, na tíbia de uma gavião também marcou a vinda do profissional ao Estado. 



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