Tartaruga é encontrada morta dentro de mochila no mar, em Vitória

Foto: Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal

O professor de canoa havaiana Estevão Galacho se deparou com uma cena inusitada na manhã desta quinta-feira (23) em Vitória. Durante uma de suas aulas, ele, acompanhado de uma aluna, encontrou uma tartaruga morta no interior de uma mochila enquanto remava pela Ilha do Frade. 

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Segundo ele, o mar estava particularmente sujo nas primeiras horas da manhã. Enquanto remava pela Ilha do Frade, por volta das 6h, ele chegou a ter contato com a vida animal: quatro ou cinco golfinhos deram o ar da graça, mesmo em meio a todo lixo que ele recolhia da água. 

Quando se preparava para a segunda aula, retornou à Guarderia, onde encontraria os estudantes. Por volta das 7h40, ele e os alunos remavam em direção à Camburi, quando se depararam com um objeto vermelho. 

"Eu achei que fosse uma almofada, minha aluna tentou pegar, mas estava pesado, então eu ajudei. Eu pensei que só poderia ter alguma coisa dentro. Percebemos que tinha uma barbatana saltando para fora, quando abri a mochila, tive a infeliz surpresa de ver a tartaruga morta", contou o professor. 

Estevão, que é um remador experiente, conta que este encontro foi o mais surreal que já teve em todos os seus anos praticando esporte. "Foi bizarro, surreal. Eu dou aula há seis anos e já frequento a Guarderia há 10, foi sem sombra de dúvidas a coisa mais surreal que já me aconteceu". 

Ele conta que chegou a cogitar a possibilidade de o animal ter entrado sozinho na mochila, mas qualquer esperança remota de acidente foi embora quando percebeu que a bolsa estava fechada. "Não tinha como ela entrar sozinha ali, o zíper estava fechado. Foi realmente uma pessoa que pegou e colocou dentro da mochila". 

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O professor relata ainda que este não é o primeiro encontro com animais entre uma remada e outra, seja dele ou de algum colega. 

"Um colega já encontrou um golfinho morto por uma linha de pesca. Ontem ou anteontem houve outro caso de golfinho. Eu mesmo já encontrei tartarugas presas em rede, umas seis, só conseguimos salvar duas. Eu acho que o grande problema é a pesca ilegal, além de muito lixo", finalizou. 

Ainda de acordo com o professor, ele, junto dos alunos, levou o animal morto até o Centro Náutico Capixaba, para que fosse entregue aos órgãos especializados de recolhimento. 

Assista aos vídeos: 

O que diz a prefeitura

Por meio da A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), a prefeitura de Vitória afirma que o caso está em apuração e que neste caso específico, técnicos avaliarão se a causa da morte da tartaruga envolveu pesca irregular, causa natural, envenenamento, choque com embarcação, dentre outras situações que podem estar relacionadas com o caso.

"A Semmam reforça que a fiscalização na capital ocorre de forma rotineira com diligências devidamente organizadas - no manguezal, baía de Vitória e na APA Baía das Tartarugas -, com ações embarcadas e por terra, visando alcançar os resultados positivos. Em 2022, foram realizadas mais de 100 operações. Neste ano, até o momento, já são 35 ações promovidas. Denúncias podem ser feitas à Prefeitura de Vitória por meio do Fala Vitória 156", finalizou a secretaria.