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Aumento de casos de covid-19 exige cautela durante o feriado prolongado

Apesar do clima de feriado e da saudade de parentes e amigos, o momento ainda é de extremo cuidado

Foto: Unplash

O fim de semana se aproxima e com ele chega também o feriado prolongado. Junto com tudo isso, a vontade de encontrar a família e os amigos que moram longe. Mas devido à pandemia, a recomendação continua sendo ficar em casa. Pensando nisso, já tem gente desfazendo as malas e escolhendo a proteção antes de tudo.

As viagens sempre fazem parte da rotina da designer Jacimara Barcelos Costa, mas com a pandemia e com o aumento de casos no Espírito Santo, o passeio para a praia, programado para o feriado da Semana Santa, precisou ficar para depois.

"Sempre vou à cachoeiras e praias. Gostaria muito de voltar para Ilha Grande, onde tem praias maravilhosas e água claras, mas infelizmente esse ano e nesse momento não vai ser possível. O momento pede que a gente fique em casa".

Quando o assunto é colocar o "pé na estrada", o organizador de viagens Jhonny Alves de Souza nem pensa duas vezes. A paixão foi tanta que virou trabalho.

"Até a semana passada estava tudo liberado, mas aí saiu um decreto fechando a Ilha Grande e tivemos que adiar o evento. Em dezembro e em meados de fevereiro teve muita procura e o povo pensou que as coisas voltariam ao normal, mas depois tivemos uma queda de mais ou menos 90%", explicou.

Expectativa nas hospedagens

Com a chegada da Semana Santa, o setor hoteleiro enxergou um otimismo. A previsão era de recuperar parte do prejuízo causado desde o início da pandemia, mas com as novas restrições decretadas pelo Governo do Estado, a realidade não é muito boa.

"Nós tivemos uma queda extrema na procura e vamos trabalhar torcendo para conseguir atingir o limite de 30%. Para o hotel se manter, já é histórico que nós precisamos de uma faixa de 33% à 35% de ocupação e infelizmente não podemos chegar a isso", apontou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Gustavo Guimarães.

Foto: Reprodução / TV Vitória

A Região Serrana do Espírito Santo é conhecida por ser um dos destinos mais procurados nessas épocas, mas até por lá a situação está complicada. Em anos anteriores, a lotação dos quartos era garantida.

"Uma semana atrás nós já estaríamos com 100% de ocupação. Temos algumas procuras mas são poucas. A orientação é para as pessoas ficarem em casa, então eles estão ficando em casa e não estão subindo para a montanha", afirmou o presidente da Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau, Valdeir Nunes.

Ele afirma que grande parte das desistências registradas está relacionada ao medo das pessoas em contrair a covid-19. Mesmo com prejuízo, ele reforça que o momento exige um esforço coletivo.

"É importante que as pessoas façam isso para que acabe logo. Nós queremos que pelo menos diminua essa pressão que está muito grande atualmente", salientou o presidente.

Para o Secretário Estadual de Saúde, Nésio Fernandes, a recomendação continua a mesma: o isolamento social. Ele lembra que o estado encontra-se em um cenário de altíssima transmissão do coronavírus.

"Nós vivemos em um ambiente de altíssima transmissão com uma variante nova. Ela é mais transmissível e mais letal do que as anteriores, as cepas originárias", explicou.

O melhor é evitar contato com parentes distantes e passeios até que tudo se normalize. Além do distanciamento, a higienização e o uso de máscaras continuam sendo medidas de suma importância neste período.

"Não visite seus familiares. Eu estou há um mês sem ver a minha mãe. Ela mora em Jardim Camburi e eu moro em Cariacica e não tenho a visitado por amor e por respeito a ela".

* Com informações da repórter Ana Carolina Monteiro, da TV Vitória/RecordTV

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