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Rodoviários protestam contra atraso em pagamentos e fecham duas garagens na Grande Vitória

Empresas são a Metropolitana e Tabuazeiro, responsáveis por linhas do Transcol e do sistema municipal de Vitória, respectivamente

Foto: Alex Pereira/ TV Vitória

A insatisfação dos funcionários de duas empresas de transporte coletivo na Grande Vitória continua. Nesta quarta-feira (28), eles realizam, mais uma vez, um protesto em reivindicação aos pagamentos do salário e dos benefícios que, segundo eles, estão atrasados há vários meses.

As empresas são a Metropolitana e Tabuazeiro, responsáveis por linhas do Transcol e do sistema municipal de Vitória, respectivamente. Os rodoviários alegam que estão com dois meses de salário atrasados, além do auxílio alimentação. Eles também afirmam que não estão conseguindo utilizar o plano de saúde, pois o valor não é pago pela empresa.

Funcionários também relataram que alguns colegas de profissão estão preocupados com a pensão alimentícia que, normalmente, é descontada diretamente da folha de pagamento. Sem o depósito para os filhos, eles temem as consequências do atraso, que podem resultar até em prisão.

O GVBus informou que a situação na empresa Metropolitana é pontual e que os ônibus estão circulando normalmente. A operação está sendo realizada pelos consórcios responsáveis pelo Sistema Transcol.

Histórico de protestos

Durante um protesto realizado na segunda-feira (26), um diretor do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários) relatou que após os protestos da última semana, a empresa havia acordado com os funcionários que todo o valor devido seria depositado na última sexta-feira (23). No entanto, os trabalhadores receberam apenas R$ 357 do auxílio alimentação. Eles afirmam que já são três meses no atraso do benefício, que daria um total aproximado de R$ 2.200.

Há menos de duas semanas, funcionários das mesmas empresas ficaram de braços cruzados por dois dias consecutivos. Eles que estão sem receber os pagamentos desde janeiro, quando foi pago apenas o adiantamento relativo ao mês. Eles ainda afirmam que a mensalidade do plano de saúde é descontada, mas não conseguem ser atendidos quando precisam de alguma consulta ou exame.

Os rodoviários alegam que a situação de atraso acontece, pelo menos, há três anos. Em 2020, várias manifestações do tipo foram realizadas na frente das garagens. Os funcionários afirmam que em um acordo realizado com a empresa, ficou definido que os pagamentos em atraso, referentes ao ano passado, seriam pagos em 10 parcelas, juntamente com os salários. No entanto, não houve depósitos.

Nesta segunda, o Sindirodoviários afirmou que segue dando apoio para a categoria e busca dialogar com as empresas, que pertencem a um mesmo dono, e com os demais órgãos competentes. Segundo o diretor, os rodoviários afirmam que voltarão ao trabalho apenas quando houver a quitação de todos os pagamentos.

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