CORONAVÍRUS

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Construção civil faz adaptações e intensifica medidas de combate ao novo coronavírus

Algumas construtoras foram além das medidas e incluíram outros cuidados em sua cartilha

Roberta Salgueiro

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Sinduscon-ES
Pia instalada no canteiro de obras da construtora De Martin 

Depois de muitas construtoras reduzirem o ritmo de trabalho nos canteiros de obras no Espírito Santo, como medida para combater a disseminação do novo coronavírus, o mercado da construção civil retomou suas atividades. Mas, assim como em outros setores, a rotina foi alterada.

As medidas anunciadas pelo Governo do Estado fizeram com que as construtoras, que já vinham adotando precauções, intensificassem suas ações de prevenção. O que até março deste ano era visto a todo vapor, continua. Porém, agora com adaptações e cuidados extras para proteger e preservar ainda mais a saúde dos colaboradores.

Além do distanciamento, utilização de máscaras e aferição da temperatura, a higiene das mãos com sabão ou álcool em gel 70% também faz parte dos cuidados. O gerente-geral de obras da Construtora Argo , Alfredo Ghidini, conta que os colaboradores foram orientados a fazer sua higiene pessoal assim que chegarem ao trabalho. “Estão disponíveis máscaras e álcool gel nos canteiros de obras. Além disso, ressaltamos sempre a importância de cumprir com o distanciamento durante todo o expediente. É notório o respeito dos funcionários às regras. Todos estão muito conscientes quanto às medidas de prevenção”, ressalta.

Foto: Reprodução / Sinduscon-ES
Kit máscaras entregue para os colaboradores 

Segundo Alexandre Schubert, da VTO Polos Empresariais, outra medida é a criação de turnos específicos para almoço e café da tarde para evitar aglomerações.  "Dentro dos canteiros é seguido um rigoroso critério de medidas de higienização. Fizemos muitas adaptações e flexibilizações de horários de turnos. E o que não pode faltar: muita orientação para ajudar os colabores a enfrentar esse novo mundo", conta o diretor.

Algumas construtoras foram além das medidas e incluíram outros cuidados em sua cartilha, como é o caso da De Martin, que liberou os funcionários acima de 60 anos ou portadores de doenças crônicas. “A prevenção é a melhor arma que temos contra o contágio do coronavírus e é importante que cada um faça a sua parte pra proteger a si mesmo, seus colegas de trabalho e suas famílias”, ressalta Marcelo Reblin, gestor de obras.

Antes mesmo de o governo estadual decretar as primeiras medidas de prevenção ao coronavírus, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-ES), já incentivava as atitudes de prevenção à covid-19 como forma de preservar a saúde e o emprego, já que estamos falando de um importante setor que movimenta a economia.

Foto: Arquivo /Divulgação/ Sinduscon-ES
" A construção civil, além de ser um grande empregador de mão de obra e, como consequência, um setor que movimenta muito a economia, ele mexe com vários outros setores. Desde alimentação, vestuário para os funcionários, até toda a gama de materiais, transporte, decoração... Então, não parar a construção civil, significa que você não traz 'delay' entre a parada e o recomeço. É um setor extremamente necessário para que a crise, que irá acontecer pós-pandemia, seja suavizada", disse o presidente Paulo Baraona.

Ele ainda enfatizou que empresários estão conscientes da importância que a construção civil tem para a recuperação econômica e, para isso, estão cumprindo todas as normas e protocolos de segurança com muito rigor.

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