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Jovem é primeira surda graduada em Arquitetura no Espírito Santo

Recém formada, a arquiteta já pensa com muito otimismo nos próximos desafios que irá enfrentar no mercado de trabalho.

No último sábado (30), a jovem Letícia Seidel, de 26 anos, foi a primeira surda a concluir o curso de Arquitetura em uma faculdade capixaba.

No decorrer do curso, a arquiteta encontrou algumas dificuldades, mas nenhuma delas foram suficientes para pensar em desistir. “No início eu não tinha toda a estrutura que tenho hoje, então foi um pouco mais difícil. Aos poucos as coisas foram melhorando e me senti mais incluída. Foi um processo para todos, de entender como funcionava o universo surdo”, relata Letícia.

Além disso, para auxiliar em suas atividades acadêmicas, ela contava com a ajuda de um intérprete durante a graduação, que a acompanhava em aulas regulares e até trabalhos em grupos. A supervisora do Núcleo Pedagógico da Faesa, Cláudia Freitas, responsável pelo acompanhamento dos alunos com necessidades especiais, comenta que a inclusão de uma aluna como a Letícia, vai além da presença de um intérprete.

“O Núcleo Pedagógico atua identificando as necessidades desse aluno e disponibilizando todo o suporte necessário. No caso da Letícia, identificamos que ela não era fluente em libras e tinha dificuldades em português, o que precisou ser trabalhado”, explica a supervisora.

Agora, mesmo com a graduação recém concluída, Letícia já pensa no seu próximo desafio com muito otimismo: “Sei que é muito complicado, pois não há acessibilidade na maioria das empresas, mas quero tentar outras formas de me comunicar e me inserir. Penso em trabalhar com paisagismo e ainda fazer engenharia civil”, planeja. 

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