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CPI das Barragens chama atenção para 'risco hídrico' na Grande BH

Segundo o documento, se não houver qualquer intervenção, a capacidade normal de abastecimento de água na região estará assegurada apenas até março de 2020

Foto: divulgação defesa civil

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Barragens publicou uma carta aberta aos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte alertando autoridades sobre a necessidade de fiscalizar atividades que possam afetar os sistemas de abastecimento de água destes municípios, dentre elas, a mineração.

Hoje, 35 barragens estão localizadas na região da bacia do Rio das Velhas, que serve como principal fonte de captação de água para abastecimento de uma população de cerca de 6 milhões de pessoas, nos 34 municípios que integram a Grande BH. Muitas delas não tem estabilidade garantida e já foram classificadas em algum nível de emergência (que vai do 1 ao 3).

Segundo o documento, se não houver qualquer intervenção, a capacidade normal de abastecimento de água na região estará assegurada apenas até março de 2020. A Vale deve entregar até setembro do ano que vem uma nova estação de captação de água no Rio Paraopeba, cujo fornecimento foi interrompido graças à contaminação pela lama de rejeitos da barragem da mina Córrego do Feijão. 

O sistema de captação de Bela Fama, que fica no Alto Rio das Velhas é responsável pelo abastecimento praticamente total de municípios como Raposos, Sabará, Santa Luzia e Nova Lima.

Se algumas das 35 barragens vier a romper, o fornecimento de água poderia ser interrompido para até 40% da Região Metropolitana de Belo Horizonte e em torno de 70% da população da capital mineira.

Relatório

O relatório final da CPI das Barragens deve ser entregue em agosto. O texto pode conter recomendações, providências e projetos de lei. Depois de aprovado, o documento é encaminhado ao Governo do Estado, Prefeitura de Belo Horizonte, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, dentre outros órgãos. 

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