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Mulher e sogro de empresário assassinado na região Serrana do ES vão a júri popular nesta quinta

O crime aconteceu em Santa Maria de Jetibá em 2012. De acordo com o Ministério Público Estadual, a esposa do empresário teria convencido o marido a fazer um seguro de vida no nome dela

Foto: Reprodução TV Vitória
Remi Pereira dos Santos era sogro da vítima e, segundo a denúncia, teria se juntado à filha, esposa da vítima, para matar o empresário Arnaldo Tesch

Um crime ocorrido há quase 10 anos pode, finalmente, ter um desfecho para alívio da família da vítima que aguarda por justiça. A esposa e o sogro do empresário Arnaldo Tesch, assassinado em 2012, são acusados de envolvimento no assassinato e serão levados a júri popular nesta quinta-feira (21). O crime aconteceu em Santa Maria de Jetibá, região Serrana do Espírito Santo.

Gilvana Pires Pereira Tesch, esposa de Arnaldo, e Remi Pereira dos Santos, pai de Gilvana e sogro da vítima, são acusados de planejar o assassinato do empresário.

O crime aconteceu em uma serraria. A ação dos criminosos foi registrada por câmeras de videomonitoramento. 

Foto: Reprodução TV Vitória
Imagens mostram o momento em que Gilvana entra na serraria

Na ocasião, três homens invadiram o local e renderam a vítima, Arnaldo, e o sogro, Remi. 

O empresário foi morto a facadas. Segundo a Polícia Civil, as imagens das câmeras confirmam que Remi e Gilvana ajudaram os criminosos.

Pai e filha foram indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil mediante emboscada. A pena para este tipo de crime pode chegar a 30 anos de prisão.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Gilvana convenceu o empresário a fazer seguros de vida com valores altos em nome dela. Em seguida, teria contado com a ajuda do pai para matar o marido e ficar com o dinheiro do seguro.

"Pelo o que consta nos autos, a Gilvana tinha vários relacionamentos extraconjugais e a vítima descobriu. Quando o empresário descobriu, ele falou que iria se separar e por conta disso eles resolveram fazer esse seguro de vida, em nome da Gilvana, e depois assassinar a vítima para conseguir o dinheiro do seguro de vida e tomar conta da empresa da vítima", afirmou o promotor de justiça, Leonardo Augusto Cezar.

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O advogada de defesa de Gilvana, Patrick Berriel, nega todas as acusações. "Gilvana não é a mandante deste crime. A polícia não investigou a fundo. Tanto é que já se passaram 10 anos e até hoje a polícia não identificou e não prendeu os executores desse crime", disse.

A defesa de Remi não foi localizada. O advogado da família afirma que as provas não deixam dúvida sobre a participação do pai e da filha.

"Existem provas testemunhais importantes e reveladoras da responsabilidade dos acusados. Existem vídeos das câmeras do local que mostram a dinâmica dos fatos e como tudo aconteceu. Não resta dúvidas de que os acusados participaram efetivamente desse crime hediondo que ocorreu contra o Arnaldo", apontou o assistente de acusação, Apolônio Cometti.

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Segundo a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), os acusados foram presos em 2013 e estão soltos desde 2016, devido a um alvará de soltura concedido pela Justiça. Os outros envolvidos no crime ainda não foram localizados.

Agora, o único desejo da família do empresário assassinado é que a justiça seja feita. "Não que se faça justiça só com os acusados Gilvana e Remi, mas também contra os três coautores que até hoje estão impunes", ressaltou Cometti.

* Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record TV.

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