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Menina de 10 anos vítima de estupro deve ter alta ainda nesta terça-feira

Segundo o médico que realizou o procedimento de aborto, a criança está bem e não deve ter sequelas físicas; o especialista afirma que ela precisa de ajuda em relação a saúde mental

Foto: Reprodução TV Vitória
O médico Olímpio Barbosa de Morais Filho, que realizou o procedimento médico para interromper a gravidez 

Deve ter alta nesta terça-feira (18) a menina de 10 anos que passou por um procedimento de interrupção de gravidez após ser violentada sexualmente pelo tio em São Mateus, no Norte do Espírito Santo. A criança foi levada para uma unidade hospitalar do Recife para realizar o processo de aborto. Nesta terça-feira (18) a polícia confirmou que o suspeito do crime foi preso.

O caso que chocou o Espírito Santo e todo o Brasil se tornou público depois que a menina deu entrada no Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, se sentindo mal. Enfermeiros perceberam que a garota estava com a barriga estufada, pediram exames e detectaram que ela estava grávida de cerca de 3 meses.

Em conversa com médicos e com a tia que a acompanhava, a criança relatou que o tio a estuprava desde os 6 anos. Ela disse que não havia contado aos familiares porque tinha medo, pois ele a ameaçava.

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O médico Olímpio Barbosa de Morais Filho, que realizou o procedimento médico para interromper a gravidez da criança, afirmou que a menina deverá ter alta nesta terça-feira (18).

"Ela está bem e deverá ter alta de hoje para amanhã. Sequela física, se tudo correr bem, não terá nenhuma. Ela precisa de ajuda em relação a saúde mental porque é uma criança que sofreu violência", afirmou o médico em entrevista a TV Vitória/Record TV na segunda-feira (17).

Questionado sobre o motivo do procedimento não ter sido realizado no Espírito Santo, o médico falou sobre a experiência em casos como esse. "Talvez uns anos atrás, o procedimento poderia nem ter sido realizado no Recife. A gente vai adquirindo experiência sobre como proceder. Já tivemos protocolos que permitiam o procedimento com 20 semanas de gestação, hoje com o apoio jurídico entendemos que a norma técnica não é maior do que a lei", explicou.

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