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Rede de solidariedade é formada para ajudar criança de Guarapari portadora de deficiência

Profissional e entidade ofereceram serviços de fisioterapia e as doações cresceram desde a publicação da matéria contando a necessidade da família

Aline Couto

Redação Folha da Cidade
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Ingrid e Gabriel.

Após a publicação da matéria, nessa terça-feira (18), mostrando o pedido de ajuda de uma mãe que teve o auxílio suspenso pelo INSS, uma rede de solidariedade se formou e chegou até fora do Brasil.

No relato publicado, Ingrid Virgínio Gomes solicitava ajuda financeira para continuar com a fisioterapia do filho, Gabriel Virgínio, 11 anos, que tem hidrocefalia, paralisia cerebral, epilepsia e autismo. A mãe contou que há dois anos o INSS suspendeu o pagamento do auxílio da família e ela e o marido estão desempregados.

Doações

Com a divulgação do pedido, Ingrid relatou que foi surpreendida com ligações e doações vindas de diversos locais. “Um rapaz de Orlando, Estados Unidos, me ligou e disse que vai doar R$ 500. Uma pessoa conhecida nossa, que pediu para não ser identificada, vai nos dar mil reais. Fora outros depósitos que recebemos. Todo esse dinheiro está indo direto para a poupança do Gabriel e já possibilita o início do tratamento”.

Criada para as doações, os valores da “vaquinha online” só fazem crescer desde ontem. “Antes da matéria sair tínhamos R$ 825. Depois de tanta repercussão, passou de dois mil. Não tenho com agradecer tanta ajuda e carinho, estou muito feliz e grata. Não imaginei que fosse ter essa proporção”.

Ajuda profissional

Além das doações em dinheiro, uma fisioterapeuta entrou em contato com a redação e ofereceu sessões de fisioterapia para Gabriel até a família se reestruturar novamente. “Entrarei em contato com a mãe para fazer uma avaliação e conhecer o caso do Gabriel. Assim consigo entender e traçar o melhor tratamento”, explicou a profissional que pediu para manter seu nome no anonimato.

Outra oferta de ajuda veio da faculdade Pitágoras de Guarapari. O coordenador do curso de fisioterapia, Weber Gomes Ferreira enfatizou que quando houver o retorno dos atendimentos, a família pode procurar a faculdade que terá atendimento gratuito. “Por conta da pandemia, os atendimentos foram suspensos. Assim que as atividades retornarem, é só trazer o Gabriel para a clínica que ele será avaliado para um plano de tratamento sem custo nenhum”.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Gabriel foi avaliado ontem e começará o tratamento esta semana.

Tratamento

Com o valor para o primeiro mês arrecadado, Ingrid chamou o fisioterapeuta Vinícius Araújo Rangel para uma avaliação. “Ele foi indicado por uma amiga que também tem um filho especial. Mas por uma boa coincidência, Vinícius já havia tratado do Gabriel durante uma internação na UTI”.

As sessões serão iniciadas na próxima sexta-feira (21) e o profissional alerta para uma necessidade constante de acompanhamento para não comprometer a saúde de Gabriel. “Ele precisa seguir com o tratamento para ter uma melhora na qualidade de vida. Gabriel está há dois anos parado, e mesmo a mãe tendo cuidado muito bem dele, precisa tratar a parte motora, fraqueza muscular, e a respiratória, algumas secreções”.

Para ajudar, segue o link da “vaquinha”: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/tratamento-do-gabriel-fisioterapia-e-banheira-adaptada-pro-conforto-dele.

A família também solicita, para quem puder, doações de fraldas e leite para Gabriel.

Mais informações: (27) 9 9911-5413 (Ingrid)

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