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Helicóptero do Notaer faz resgate em alto-mar num navio em movimento na costa do ES

Agentes transportaram um vistoriador naval que estava embarcado e sofria de crise aguda de cálculo renal

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação | Notaer

As equipes de resgate do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer) fizeram mais uma operação de salvamento em alto-mar em menos de 48 horas. Após encontrarem e resgatarem o pescador Ervando Andrade da Silva, de 57 anos, perto das Três Ilhas, em Guarapari, na última sexta-feira (04), o helicóptero, na tarde deste domingo (06), foi usado para resgatar o vistoriador naval Luciano dos Santos Junior, 29 anos. 

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O rapaz, que passava por uma crise aguda de cálculo renal, estava embarcado num navio de bandeira do Panamá, distante inicialmente a 200 quilômetros da costa do Espírito Santo.

De acordo com o major Pablo, chefe de Comunicação do Notaer, o rapaz foi transferido ao chegar em terra para o Hospital Santa Rita, em Vitória. Ele relembra que a equipe foi acionada pela Capitania dos Portos, a partir do comunicado de socorro da embarcação, às 6h30. As informações eram de que o jovem passava mal, sentindo fortes dores. 

"O navio estava no litoral de Vila Velha a 212 quilômetros da costa. Naquele momento seria impossível o resgate. Nossas aeronaves não têm autonomia para essa distância. O navio foi, então se aproximando", relata.

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No meio da tarde, enquanto voltava de Santa Teresa, realizando o transporte de um paciente idoso com traumatismo craniano grave, ao pousar no hangar no Hospital São Lucas, na capital, os agentes foram informados de que o navio estava mais próximo. A embarcação, que transporta grãos, estava a apenas 9 quilômetros na altura entre as praias de Itaparica e da Costa. 

Divulgação | Notaer
Divulgação | Notaer
Divulgação | Notaer
Divulgação | Notaer

"A missão foi bastante difícil porque é um navio muito comprido e muito estreito. Ele não conta com área de pouso para helicóptero. Outro problema é que eles não conseguiriam parar a embarcação, não conseguiriam fundear a embarcação, como a gente fala no meio. Aí, o navio reduziu bastante a velocidade mas continuou navegando. Tivemos que fazer essa operação com o navio ainda em movimento", explicou o major.

O agente desceu por meio de um cabo e acessou o navio. O rapaz foi retirado de lá, sendo içado com equipamentos de proteção. 

"Nesse meio tempo, nós já tínhamos coordenado com a empresa responsável e uma equipe médica que eles contrataram foi lá para o nosso hangar. O rapaz foi avaliado por essa equipe e foi levado para o Hospital Santa Rita. Do momento em que decolamos do navio até o momento em que ele foi entregue à equipe médica transcorreram somente 28 minutos. Uma operação que a gente considera muito rápida principalmente porque o navio estava 10 quilômetros mar adentro", avalia o major.

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