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Variante Ômicron: novas medidas restritivas podem ser tomadas no ES, diz secretário

O secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, destacou que isso pode acontecer caso a nova variante apresente um potencial de risco maior

Foto: Pixabay

O Espírito Santo pode ter novas medidas restritivas por conta variante Ômicron. Em coletiva na manhã desta terça-feira (7), o secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, destacou que isso pode acontecer caso a variante apresente um potencial de risco maior. 

" Precisamos aguardar mais algumas semanas para saber se serão necessárias outras medidas restritivas à atividades econômicas e sociais. Outras medidas poderão ser tomadas caso se reconheça um potencial de risco maior com a nova variante ao controle das internações e dos óbitos pela covid-19", afirmou.

Nésio destacou que foi fundamental a decisão do Ministério da Saúde de garantir a terceira dose de reforço para toda a população, principalmente em um contexto que antecede as festas de fim de ano, verão e Carnaval.

O secretário afirmou ainda que diante do surgimento da Ômicron, as medidas de combate à covid-19 precisam ser redobradas e que as vacinas são seguras, eficazes e capazes de vencer todas as variantes. 

"O Espírito Santo já enfrentou a circulação de novas variantes, mas em contextos muito distintos. Neste momento, diante do surgimento de uma nova variante, precisamos redobrar todas as medidas necessárias para vencer a covid-19 e qualquer das suas variantes. As vacinas são seguras, eficazes e capazes de vencer a variante Delta, que já circula com predominância no Brasil, e as outras variantes, inclusive a Ômicron", afirmou. 

"Precisamos aguardar mais algumas semanas para reconhecer o real impacto do escape vacinal ou imune da variante Ômicron em relação às vacinas já disponíveis. No entanto, diversos estudos apontam que mesmo com o escape parcial da variante Ômicron nas vacinas, elas continuarão sendo a principal estratégia de redução de impactos negativos dessa variante nos diversos países."

"Temos o avanço da cobertura vacinal em três importantes metas assumidas pelo governo do Espírito Santo, como metas necessárias a serem alcançadas para chegar ao risco muito baixo no nosso mapa de gestão de risco", afirmou Nésio. 

"Vacinação de adolescentes é exemplar"

De acordo com o secretário, dos 115 mil adolescentes aptos a receber a segunda dose da vacina da Pfizer, apenas 512 estão com o esquema atrasado em alguns dias. O objetivo, segundo ele, é alcançar 90% da cobertura vacinal. 

"Já ultrapassamos 80% da população adulta vacinada com duas doses e temos o avanço exemplar da vacinação nos adolescentes. Dos 115 mil aptos a receberem a segunda dose da vacina da Pfizer, somente 512 estão com o esquema atrasado em alguns dias. A vacinação dos adolescentes demonstra uma adesão da família capixaba e esse exemplo deve ser seguido por todas as faixas etárias", destacou o secretário. 

"Temos o desafio de alcançar 90% de cobertura em todo o Estado nesse público, por isso estamos recomendando aos municípios que ampliem as estratégias de alcance da cobertura vacinal deste público fundamental, para alcançar a plena cobertura vacinal na população total. Nenhuma faixa etária merece a imunidade de rebanho como opção de imunização. As nossas crianças, os nossos adolescentes, não podem ser submetidos à exposição ao vírus em um contexto de disponibilidade de vacinas."

Aplicação de 3ª dose em idosos desacelerou

Enquanto a vacinação de adolescentes alcança uma boa cobertura, por outro lado, a vacinação dos idosos com a terceira dose da vacina desacelerou. 

Segundo Nésio, se o ritmo da imunização estivesse parecido com o de setembro, todas as regiões já estariam no risco muito baixo. 

"A vacinação da dose de reforço dos idosos vem avançando, mas com um ritmo desacelerado em comparação aquele que vivemos principalmente no mês de setembro. Se tivéssemos mantido o ritmo, neste momento já teríamos todas as regiões no risco muito baixo. É necessário que a população se mobilize para completar o seu esquema vacinal", acrescentou Nésio. 

"Não consideramos que seja aceitável nenhuma atraso no contexto de circulação de variantes já conhecidas e, agora, com uma nova variante que ainda não conhecemos plenamente e não temos as conclusões definitivas sobre seu real comportamento."



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