Piscina, lagoas e cachoeiras: veja dicas para evitar afogamentos
Somente no último final de semana, pelo menos três casos de morte por afogamento foram registrados em cidades capixabas
O verão chegou e as temperaturas elevadas já estão marcando presença no Espírito Santo. O calor é um convite irrecusável para se refrescar em praias, piscinas, cachoeiras, lagoas, rios e tantas outras opções.
Se por um lado os atrativos aquáticos são opções de lazer, por outro, eles podem representar riscos de acidentes, afogamentos e até mortes. Somente no último final de semana, pelo menos três casos de morte por afogamento foram registrados em cidades capixabas.
De acordo com o tenente-coronel Carlos Wagner, do Corpo de Bombeiros, é preciso estar atento às recomendações. Ele explicou que em muitos lugares há placas de sinalização que alertam sobre as condições de uso dos locais e estas precisam ser respeitadas.
"Muitos lugares têm aviso, mas as pessoas acabam buscando adrenalina, aventura, mesmo em locais proibidos. Na maioria das vezes acontecem tragédias e a pessoa acaba caindo e vem à óbito. Geralmente tem água, é escorregadio e não tem segurança nenhuma", explicou.
Wagner afirmou que é preciso tomar cuidados, independentemente do local onde se está. Segundo ele, pelo simples fato de ter água, já é motivo para redobrar a atenção, especialmente com crianças.
"A criança busca sempre ambiente de água. Uma distração de segundos é o suficiente para ocorrer uma fatalidade. Tem que ter muita atenção", disse.
Veja dicas para evitar afogamentos
Em cachoeiras, o ideal é evitar ficar muito perto da queda d'água. Dependendo da força da água, pode ser criado um buraco. Caso a pessoa caia, pode ser que ela não tenha forças para voltar à superfície, como explicou o tenente-coronel.
"Nestes casos, ideal ficar a pelo menos cinco metros da queda d'água, para que haja todo um processo de segurança"
Em piscinas, a dica é que a criança use um colete salva-vidas e até boias de proteção. Caso a piscina seja em casa, é orientado que seja colocada uma grade em torno da piscina para evitar que a criança tenha acesso sem a presença de uma adulto.
"Em lagoas, não se conhece a vegetação que está no fundo. Pode ter algo que trava o pé, ter pedras e bater a cabeça em caso de mergulhos. Em ambiente de água, por menor que seja a profundidade, os cuidados devem ser redobrados, pois os acidentes têm acontecido", disse Wagner Borges.
- Evite nadar em áreas de saída de barcos ou circulação de moto-aquáticas;
- Não deixei o nível da água ultrapassar a altura da cintura;
- Não use objetos de vidro perto da piscina;
- Tome cuidado com ralos e sistemas de filtragem e bombeamento das piscinas;
- Preste atenção na sinalização das praias. Não nade em áreas de correnteza
- Fique próximo ao posto de vigilância do salva-vidas
- Evite mergulhar logo após se alimentar ou ingerir álcool;
- Não nade sozinho. Também não tente salvar alguém que está se afogando se você não estiver habilitado para isso.
Natal é marcado por mortes por afogamentos no ES
No dia de Natal, um homem morreu após dar um mergulho na cachoeira Véu da Noiva, em Santa Leopoldina, na Região Serrana do Estado. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima pulou de uma área proibida, onde há queda d'água, e não retornou mais à superfície.
O corpo dele foi encontrado por volta das 14 horas, por uma equipe de mergulho do Corpo de Bombeiros. A equipe utilizou técnicas de salvamento em altura para conseguir acesso seguro ao local.
Já no domingo, um homem morreu afogado após tentar pegar uma bola, no bairro Rio Quartel, em Linhares. Segundo o Corpo de Bombeiros, o local onde a bola caiu é uma lagoa que foi formada por água da chuva. Quando os bombeiros chegaram na lagoa o homem já estava morto.
A perícia da Polícia Civil foi acionada e o corpo da vítima foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Linhares, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.
*Com informações do Portal R7
