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Você anda de ônibus todo dia? Sabe como são escolhidos os números de cada linha e o que significam?

Atualmente, o sistema opera com cerca de 300 linhas. Para dar a numeração a cada uma delas, foi criada uma sequência numérica que é usada como critério principal

A linha 505 liga os terminais de Itacibá e Laranjeiras Foto: Iures Wagmaker ​

Se alguém deseja sair do bairro Novo Brasil, em Cariacica, e seguir até o Terminal Jacaraípe, no município da Serra, utilizando os ônibus do Transcol, uma opção de viagem é embarcar em um veículo da linha 724, seguir em um 700 e terminar a viagem em um 504. Como alternativa, pode-se seguir a sequência das linhas 792, 731 e 523, que o levará ao mesmo destino, mas com um percurso diferente.

Parece complicado de entender, mas os passageiros que utilizam o sistema de transporte coletivo da Grande Vitória com frequência sabem qual é o percurso e o itinerário de cada uma das linhas citadas, apenas observando o número. Dessa forma, seria mais comum que um passageiro realizasse a primeira opção, sabendo que a segunda levaria mais tempo para cumprir o trajeto.

A numeração das linhas é uma forma de criar uma identidade para a mesma. De acordo com o diretor de planejamentos da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV), José Carlos Moreira, é mais fácil que a população identifique uma linha pelo número, do que pela nomenclatura. "Os nomes de algumas linhas acabam sendo muito grandes para se falar", explica ele.

Moreira ainda lembra que a Ceturb criou o atual esquema de linhas para substituir o antigo sistema de transporte que existia na Grande Vitória, em que todas as linhas eram destinadas ao Centro da capital. "O número de linhas e veículos cresceu muito. Hoje, isso seria impraticável", destaca.

Nesse sistema de linhas adotado pela Ceturb, existem dois tipos: alimentadoras e troncais. As alimentadoras, como o próprio nome já diz, alimentam os terminais, à partir da circulação nos bairros. As troncais são aquelas que realizam o transporte de passageiros entre terminais ou que tenha o percurso em mais de um município.

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Atualmente, o sistema opera com cerca de 300 linhas. Para dar a numeração a cada uma delas, foi criada uma sequência numérica que é usada, até hoje, como critério principal. Uma linha troncal, por exemplo, tem como prefixo o número cinco. Como a 508, que liga os terminais Itaparica, em Vila Velha e Laranjeiras, na Serra.

Já as alimentadoras tem seus números iniciais de acordo com cada município atendido. As linhas iniciadas com o número seis são do município de Vila Velha. Cariacica tem a operação das linhas da casa setecentos. A cidade da Serra é atendida pelas iniciadas com oito e o número nove inicia a numeração das que atendem o município de Viana.

Veículos do serviço Seletivo têm a numeração iniciada com "1" Foto: Divulgação/Governo

Moreira ainda explica que há excessões. A linha 585, por exemplo, que liga o bairro Jardim Botânico, em Cariacica, com o Terminal Itaparica, em Vila Velha tem o prefixo cinco, mas não é uma linha troncal. "São as que chamamos de linhas periféricas, que atendem mais de um município e continuam sendo de bairros. Para não criar uma nova numeração, inserimos elas junto às troncais", argumenta.

Outro caso a parte é a linha 400, do serviço Bike GV. O número foi escolhido para diferenciar das linhas do sistema Transcol e não ser confundido com os serviços municipais de Vitória e Vila Velha.

Os mais velhos, certamente se recordam de algumas linhas que já foram desativadas, como a 502, que interligava os terminais Laranjeiras e Ibes. De acordo com Moreira, esses números podem voltar a serem usados, se houver necessidade, respeitando o critério principal de numeração.

A numeração das linhas do serviço Seletivo, que são os veículos com ar-condicionado, também seguem o critério de atendimento dos municípios. No entanto, esses números têm o dígito "1" como prefixo geral.

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