Polícia

Apartamento de suspeita de desviar mais de R$ 2 milhões da Ceasa é periciado em VV

Ela foi presa na última sexta-feira durante uma operação do Nuroc

A ex-funcionária da Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), Ana Carolina Jardim Machado, de 31 anos, suspeita de desviar mais de R$ 2 milhões da estatal, prestou depoimento na manhã desta terça-feira (6) na sede do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nueoc), na Enseada do Sua, em Vitória. Ela chegou no local por volta das 9 horas.

Segundo os investigadores, o depoimento não tem hora para terminar e ela pode seguir direto para o Centro de Detenção Provisória, em Viana. Ana Carolina era gerente financeira há oito anos da Ceasa e estava há 11 anos na empresa. A polícia ainda não divulgou o rosto dela, porque as investigações continuam.

Também na manhã desta terça-feira, o Nuroc realizou uma perícia no apartamento dela, localizado na Rodovia do Sol, em Itaparica, Vila Velha. O local estava fechado desde a última sexta-feira (2), quando a suspeita foi presa. A perícia, segundo a polícia, tinha a finalidade de encontrar mais elementos que possam comprovar os desvios de dinheiro.

O delegado responsável pelas investigações do caso não concedeu entrevista. As investigações tiveram início depois que um depósito de R$ 154 mil foi feito pela Ceasa na conta da empresa de Ana Carolina. De acordo com as investigações, ela tem uma empresa de esmaltes.

O esquema teve início em 2014 e até agora, estima-se que mais de R$ 2 milhões foram desviados da estatal. Se for condenada, a gerente pode responder pelos crimes de peculato, que é o desvio de dinheiro público, prevaricação, situação em que o funcionário deixa de exercer suas funções, falsificação e adulteração de documentos e lavagem de dinheiro.


*** ERRAMOS - O Folha Vitória errou e informou que a empresa de Ana Carolina que vende esmaltes prestava serviço para a Central de Abastecimento. Na verdade, a empresa não tinha contrato com a Ceasa. Segundo as investigações, Ana Carolina usava o CNPJ da própria empresa para desviar o dinheiro. O alto valor do último depósito R$ 154 mil chamou a atenção da gestão da Ceasa que acionou a polícia e iniciou as investigações. 

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