Polícia

Tia de adolescente morto no Morro do Bonfim diz que rapaz era inocente

A família relatou que os policiais militares já teriam chegado atirando na região e um dos disparos atingiu o adolescente. A polícia disse que ele tem envolvimento do tráfico de drogas, mas que o fato não justifica o homicídio

Foto: Reprodução

A tia de Caio Matheus Silva Santos, de 17 anos, assassinado na manhã desta sexta-feira (14), disse para a equipe de reportagem da TV Vitória/ Record TV que o sobrinho não tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

Caio foi morto no Morro do Bonfim, em Vitória, no início da manhã. Segundo a família, o adolescente morava com a mãe no Bairro da Penha. A mãe do adolescente estaria grávida de sete meses. A família relatou que os policiais militares já chegaram atirando na região e um dos disparos atingiu o adolescente.

"Ele estava no bairro como de costume, conversando com os colegas dele [...] Pelo que a gente já sabe, a polícia já subiu o morro atirando pra cima deles e acertou o meu sobrinho. Infelizmente ele faleceu", disse a tia do adolescente morto. 

Caio foi socorrido por populares para o Hospital São Lucas, em Vitória. Segundo a tia, ele foi atingido na região do tórax. "Eu estou aqui pela população, pelo meu sobrinho também, para defender, porque meu sobrinho não era gerente (do tráfico) como estão dizendo por aí. No morro tem gente de bem também, tem crianças que estudam, que vão para a escola. Quem está falando que foi gente do morro que fez isso com o meu sobrinho, não foi", relatou.

O que diz a polícia?

O secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, disse que a polícia teve conhecimento da morte no período da manhã e que o caso será investigado "rigorosamente". Segundo o secretário, há indícios de envolvimento da vítima com o tráfico de drogas.

"Ele vivia ali na região de São Benedito, do Bairro da Penha. Esse óbito será objeto de uma investigação rigorosa. Há informações do setor de inteligência de que esse jovem, lamentavelmente, tinha envolvimento com o tráfico de drogas, o que não justifica (a morte). O óbito será investigado, como todos os óbitos são", afirmou.

Com informações da repórter Vanuza Santana, da TV Vitória/Record TV.

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