Polícia

Testemunha do caso Franciele estaria recebendo ameaças para mudar depoimento

As ameaças acontecem, segundo a mulher, desde que escutou a armação do crime. O julgamento acontece na próxima sexta-feira (15) e ela afirma que tem medo

Mulher está com medo das ameaças Foto: TV Vitória

Uma testemunha do assassinado da jovem Francieli Aprigio, encontrada morta, amarrada e amordaçada, na estrada de Xuri, em Vila Velha, afirma que está sofrendo ameaças. De acordo com a mulher, desde que o crime aconteceu ela é ameaçada a não contar o que ouviu. Na próxima sexta-feira (15) acontece o julgamento, e ela afirma que está sendo coagida para mudar o depoimento.

O crime aconteceu no dia 10 de abril de 2014. Os principais suspeitos são o sindicalista Paulo Roberto, com quem Franciele manteve um relacionamento amoroso, a esposa dele, Luciana, e o enteado, Ariel. 

Franciele descobriu que Paulo Roberto era casado, chegou a ser ameaçada pela esposa dele e terminou o relacionamento. No dia 10 de abril, o sindicalista marcou um encontro com ela na praça de Jardim Marilândia. Ele chegou de carro e a jovem seguiu com ele, sem imaginar qual seria o destino.

Ele a teria levado para a região da grande Terra Vermelha, em Vila Velha. Lá, uma terceira pessoa teria entrado no veículo. O acusado seria o enteado de Paulo, o Ariel. Ele teria amarrado e amordaçado Franciele, e seguido em direção ao bairro Xuri, desta vez sendo seguido por um outro carro, onde estaria Luciana.

Na estrada do bairro Xuri, os dois carros pararam e Luciana teria esfaqueado a vítima. Em seguida o trio fugiu. O crime poderia não deixar pistas, mas dias antes a testemunha ouviu toda a armação. “Eu os ouvi eles armando o assassinato. Ele foi até mim e disse que eu não tinha escutado nada. Quando descobri que ela havia sido assassinada eles me ameaçaram de morte. Disseram que se eu falasse alguma coisa iria morrer, seria queima de arquivo. Mesmo assim, eu procurei a polícia e contei o que ouvi”, afirmou.

A mulher procurou a polícia, e em poucos dias o trio estava atrás das grades. Mas as ameaças contra ela continuaram. Nesta sexta-feira (15), será o dia do julgamento do caso, mas a mulher está aflita, pois continua sendo coagida.

“Eles querem que eu vá ao julgamento, mas mude o meu depoimento. Querem que eu diga que eu contei mentira e conte outra versão do que aconteceu. Estou com muito medo e muito nervosa, principalmente da minha ida até lá. Como eu conheço essa turma, sei que eles não têm medo de nada”, disse.