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Coletivo de mulheres capixabas lança cartilha com orientações sobre violência doméstica durante a pandemia

A Secretaria de Direitos Humanos também tem realizado campanhas a fim de orientar e conscientizar sobre a realidade da violência doméstica

Foto: Divulgação/ Internet

Diante das medidas de distanciamento social adotadas como forma de enfrentamento ao novo coronavírus, as pessoas acabam permanecendo mais tempo em casa, mas essa mudança repentina no estilo de vida, apesar de essencial no atual momento, pode levar a um problema: o aumento da violência doméstica. A Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) tem se preocupado com essa situação, realizado campanhas e também valorizado ações feitas por coletivos.

É o caso do coletivo de mulheres capixabas Juntas e Seguras. Foi criada uma cartilha com informações para mulheres que são vítimas de violência doméstica durante a pandemia.

Confira a cartilha Juntas e Seguras

O Juntas e Seguras é um coletivo que entende a violência doméstica como uma violação de direitos humanos e que busca, como sociedade civil, divulgar informações e ações de qualidade sobre o tema. Foi idealizado por Renata Bravo, que é professora universitária, mestra em Direitos e Garantia Fundamentais, com a colaboração da advogada Karla Silva Coser e da designer Ananda Miranda.

O projeto do coletivo tem duas ações principais. “A primeira é a divulgação da Cartilha Informativa para que as mulheres entendam o que é violência doméstica e possam procurar a ajuda necessária quando se reconhecem nessa situação”, disse Renata Bravo.

Foto: Divulgação

Essa cartilha está sendo divulgada por meio de redes sociais, como Whatsapp e Instagram, e também por meio do site do projeto.

“Acreditamos que a circulação da cartilha é fundamental para que informações de qualidade possam chegar ao máximo de mulheres possível. Nela há exemplos de fatos que são caracterizados como violência doméstica e familiar contra a mulher, o que tiramos da Lei Maria de Penha e traduzimos para uma linguagem mais próxima de quem não é da área do Direito. Informações podem salvar vidas”, defendeu Renata Bravo.

A segunda ação do coletivo é a construção de um Plano de Diretrizes Governamentais, para que a resposta a violências doméstica em tempos de Covid-19 seja mais rápida.

A subsecretária de Políticas para Mulheres, Juliane Barroso, explicou que ações como essas são muito importantes e que a SEDH atua como apoiadora no sentido de ajudar a compartilhar o material.

“Estamos como parceiras e apoiadoras, auxiliando na divulgação dessa cartilha que foi feita no Espírito Santo por um grupo de mulheres e que com certeza contribuirá para informar às mulheres que estiverem em situação de violência e também para aquelas que não estão, mas conhecem quem esteja e assim tenham condições de instruí-las e orientá-las. É um material realmente de grande apoio que ficou didático e de fácil acesso”, falou Juliane Barroso.

A secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo, explicou que ações como essas são essenciais e que a SEDH atua como apoiadora.

“É importante que a gente tenha, no Estado do Espírito Santo, diversas mulheres preocupadas em produzir material didático para falar com outras mulheres sobre violência doméstica, sobre formas de denunciar. Isso só fortalece o enfrentamento da violência contra a mulher e faz com que elas se sintam, de alguma forma, mais protegidas e mais preparadas para romperem o ciclo de violência”, declarou a secretária.

A subsecretária de Políticas para Mulheres, Juliane Barroso, destacou que a cartilha produzida pelo coletivo está sendo divulgada pela subsecretaria, juntamente com as campanhas já produzidas pela SEDH.

Campanhas da SEDH

A Secretaria de Direitos Humanos também tem realizado campanhas a fim de orientar e conscientizar sobre a realidade da violência doméstica.

Foi criada uma matéria, que está sendo divulgada pela Subsecretaria de Políticas para Mulheres e também em redes sociais, que informa vários contatos telefônicos que mulheres em situação de violência podem pedir ajuda, denunciar e receber orientação. São números de órgãos públicos federais, estaduais e municipais especializados. O texto é atualizado frequentemente.

Cards com essas informações também estão sendo divulgados em aplicativos de mensagem, redes sociais e via e-mail. Foi criada ainda uma campanha de alerta sobre a violência doméstica durante o período de distanciamento social, incentivando ligações através do Disque-denúncia 181.


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