Polícia

Ex-cantor mirim é assassinado por amigo a golpes de faca em SP

De acordo com o depoimento do suspeito à polícia, a motivação do crime seria uma dívida que ele teria com Taha. Os familiares da vítima, porém, não acreditam na versão

Foto: Reprodução/Record TV SP
Kalil Taha (à direita) foi morto por José Antônio (à esquerda) dentro de um veículo após supostamente conversarem sobre uma dívida

Um jovem conhecido por cantar em programas de televisão na infância foi morto pelo próprio amigo a golpes de faca na noite de quarta-feira (26) no bairro Tucuruvi, localizado na Zona Norte de São Paulo.

Kalil Taha, de 26 anos, trabalhava como coordenador de vendas em uma empresa de publicidade. Ele era colega de José Antônio Melo do Nascimento, de 31 anos, suspeito de cometer o homicídio. A motivação, segundo o boletim de ocorrência, seria uma dívida que Nascimento possuía com Taha.

De acordo com o depoimento do suspeito à polícia, os rapazes teriam combinado de se encontrarem na casa dos pais de Nascimento para discutirem sobre o pagamento da dívida. Os meninos então seguiram em um carro para um trailer de fast food. Na volta, eles teriam iniciado uma conversa dentro do veículo.

No porta-malas

Neste momento, Nascimento sacou um faca e desferiu mais de 30 golpes contra o amigo. O corpo da vítima foi então colocado no porta-malas do veículo. Após o homicídio, o suspeito dirigiu por 23 quilômetros, até o combustível acabar. Com o imprevisto, o rapaz abandonou o veículo e voltou a pé para casa.

Nascimento confessou o crime para a esposa e depois seguiu acompanhado do sogro até a delegacia, onde se entregou. No boletim de ocorrência consta que o suspeito teria alegado aos policiais que teria pegado a faca utilizada no crime para cometer roubos com a intenção de quitar a dívida que possuía com Taha, mas teria desistido da ação.

Segundo o suspeito, no momento da cobrança da dívida, Taha teria ameaçado Nascimento de expor aos pais dele segredos caso não fosse saldado o débito. Os segredos foram referidos por ele como "coisas erradas do passado". O rapaz, porém, não especificou aos policiais quais seriam esses segredos.

Álibi

A família da vítima, porém, não acredita na justificativa de Nascimento sobre o crime. Segundo André Taha, tio da vítima, a primeira parcela da dívida já estava paga e a segunda parcela ainda estava para vencer. "Esse álibi que ele está usando de dívida não existe. Não existia a cobrança, porque ela não estava nem em atraso", disse o tio.

* As informações são da repórter Patrícia Ferraz, da Record TV SP

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