Dono de funerária é preso suspeito de usar carro roubado para transportar cadáveres
Veículo foi roubado em dezembro e estava com as placas clonadas. Polícia suspeita ainda que veículo era utilizado para o tráfico de drogas
O dono de uma funerária foi preso na manhã desta quinta-feira (09), na Serra, suspeito de usar um carro roubado para transportar cadáveres. Segundo a polícia, o veículo foi roubado em dezembro do ano passado, no bairro Castelândia, no mesmo município, e estava com as placas clonadas.
Roberto Pereira Lage, de 39 anos, foi detido quando seguia para um atendimento em um hospital na Serra. No momento da abordagem, ele transportava um caixão, ainda embalado. Para a polícia, ele afirmou que comprou o carro de um desconhecido, por R$ 25 mil, e que não recebeu os documentos.
A polícia descobriu o crime após o dono das placas verdadeiras, que mora em Minas Gerais, começar a receber multas emitidas no Espírito Santo. "Identificamos que realmente havia um veículo transitando aqui em nosso Estado. A equipe de investigação o localizou hoje, no município de Serra, fez a abordagem e verificou que o veículo estaria com o seu sinal identificador, a placa, adulterado. É um veículo que tem restrição de furto e roubo, fato que ocorreu em dezembro, no município de Serra", destacou o titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), delegado Ícaro Ruginski.
Ainda de acordo com as investigações, o carro pertencia a um motorista de transporte por aplicativo, que contou à polícia que foi rendido por homens armados e obrigado a entregar o automóvel. Depois que foi adquirido pela funerária, o carro foi todo adaptado para o transporte de urnas funerárias.
Além disso, a polícia acredita que o carro pode ter sido usado também para o tráfico de drogas. Segundo a polícia, Roberto já foi preso por tráfico de drogas e estava em liberdade condicional desde outubro do ano passado.
"Nós tínhamos essa informação, de que ele poderia estar utilizando esse veículo para transporte de droga também, até para fins de evitar uma fiscalização policial. Essa informação ainda não foi confirmada, mas nós vamos continuar as investigações", afirmou Ruginski.
Segundo a polícia, a funerária, que fica em Jacaraípe, já foi legalizada, mas funcionava de forma clandestina desde o início do ano. Roberto foi autuado em flagrante por receptação e adulteração de veículo.