Polícia

Acusado de matar vendedor em Vila Velha é condenado quatro anos após o crime

Decisão judicial foi divulgada por volta das 19h30 e, segundo a família da vítima, o réu foi condenado a 13 anos de prisão

Foto: Reprodução
Acusado de matar o vendedor em Vila Velha

O acusado de ter assassinado um vendedor de planos de telefonia em dezembro de 2018, no bairro Alvorada, em Vila Velha, foi condenado em júri popular no Fórum de Vila Velha, nesta quarta-feira (31), quase quatro anos após ter cometido o crime. 

Ewerton Zanetti, conhecido como “Ton Ton”, foi acusado de matar Elias de Paula Júnior, de 26 anos. A família da vítima não pôde acompanhar o julgamento. Segundo apuração da TV Vitória/RecordTV, a razão foi a de que a família do acusado pediu sigilo durante o procedimento.

A decisão judicial foi divulgada por volta das 19h30 e, segundo a família da vítima, o réu foi condenado a 13 anos de prisão.

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À reportagem, a mãe do rapaz, Cirlene Souza Rodrigues, lamentou não ter contratado um advogado, enquanto a família do réu contou com apoio jurídico. 

“Pedi para permanecer e não pude, estamos de mãos atadas e só podemos aguardar a sentença”, disse.

Foto: Arquivo da Família

Além da dor, os familiares de Elias ainda tiveram que ficar frente a frente com a família do acusado. Também segundo a mãe da vítima, a família do acusado é “debochada” e a deixou bastante decepcionada.

Júri demorou a acontecer por falta de intérprete

A demora no julgamento do caso ocorreu em razão de uma deficiência auditiva do acusado, que não conseguiu participar antes das audiências por falta de intérprete. Em nenhum momento a mãe de Elias deixou de lutar por justiça. 

“Mesmo assim estávamos confiantes que o júri iria acontecer”, afirmou.

Para Cirlene, o julgamento foi de extrema importância. Nas palavras dela, a família já foi sentenciada a viver para sempre sem a presença de Elias. 

“Confio na justiça divina. Meu filho foi sentenciado à morte e isso destruiu a vida da gente. Esperamos que Ewerton permaneça preso e pague pelo crime que cometeu”, finalizou.

O que diz o TJES

A reportagem questionou o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) diante da justificativa apresentada pela família da vítima de que o julgamento teria demorado a acontecer por conta da falta de intérprete. Assim que houver resposta, o texto será atualizado.

Relembre o caso

No dia do crime, Elias havia pedido o carro da mãe emprestado para sair de casa. Ele foi visto por conhecidos em um bar da região e estava acompanhado. Como o vendedor não retornou e nem deu notícias para a família, dias depois o corpo dele foi encontrado perto do carro da mãe, que estava abandonado no bairro Alvorada. A família reconheceu o carro e soube do crime por uma reportagem.

Cirlene lamentou a morte brutal do filho e acredita que a motivação foi relacionada a um envolvimento entre a vítima e o assassino. “Mas nem os amigos sabiam do envolvimento, ele estava em um bar e estava tudo bem”, disse.

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* Com informações da repórter Gabriela Valdetaro para a TV Vitória | RecordTV

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