Operação mira advogados suspeitos de atuar como 'pombos-correios' de criminosos no ES
A denúncia foi recebida pela Justiça, que decretou a prisão preventiva dos réus e determinou a suspensão do exercício da advocacia
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou uma operação na manhã desta sexta-feira (4), para cumprir 11 mandados de prisão preventiva contra advogados suspeitos de envolvimento com o grupo criminoso Primeiro Comando de Vitória (PCV).
A investigação foi instaurada pelo Gaeco, com o objetivo de apurar as ações delituosas praticadas por advogados que se utilizam indevidamente de prerrogativas inerentes e essenciais da advocacia para atuar como "pombo-correio", transmitindo mensagens ilícitas entre integrantes de organização criminosa.
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Segundo o MPES, tal atitude viabiliza que lideranças de grupos criminosos mantenham o poder de gestão sobre os crimes perpetrados, como tráfico de drogas, aquisição e porte de armamentos e munições, execução e planejamento de crimes de homicídio.
A denúncia foi recebida pela Justiça, que decretou a prisão preventiva dos réus e determinou a suspensão do exercício da advocacia. Dentre os crimes imputados estão os de integrar organização criminosa e tráfico de drogas. Os autos tramitam perante a 1ª Vara Criminal de Viana.
A Operação TIES conta com apoio de 22 policiais militares da Assessoria Militar do Ministério Público/PMES e têm acompanhamento de representantes da Comissão de Prerrogativas da OAB/ES, em cumprimento de decisão judicial. Segundo o MPES, um dos advogados, que é réu na operação, continua foragido.
A equipe de reportagem procurou a Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo para obter um posicionamento, mas até o momento, não obteve retorno. A resposta será acrescentada assim que for enviada.
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