Preso em Viana foragido de Minas Gerais acusado de homicídio e estelionato
Segundo a polícia, Ademir Lúcio Ferreira tem seis mandados de prisão e é acusado de matar o companheiro da sogra. Além disso, ele já havia ficado preso por 22 anos no Rio Grande do Sul
Um homem com pelo menos seis mandados de prisão em aberto foi detido, nesta terça-feira (02), em Viana. Segundo a polícia, Ademir Lúcio Ferreira de Araújo, de 52 anos, é foragido da polícia em Minas Gerais e é acusado de ter assassinado o companheiro da sogra, em abril deste ano, e atear fogo na casa da vítima. Além disso, ele já havia ficado preso por 22 anos no Rio Grande do Sul por vários crimes, incluindo estelionato.
Ademir é acusado pela polícia de assassinar Jorge Elias Freire, no último dia 27 de abril. O crime aconteceu dentro do puxadinho que Jorge construiu em um quintal, após ter tido a casa incendiada. Ele ainda tentou fugir pulando muro, mas foi encontrado morto no quintal da casa vizinha. A suspeita da polícia é de que o incêndio à casa da vítima, ocorrido meses antes, tenha sido provocado também por Ademir.
Ainda segundo a polícia, Jorge mantinha um relacionamento amoroso com uma aposentada de 75 anos, há cerca de quatro meses. No entanto, a família da idosa não concordava com o namoro porque, além de muito mais jovem, Jorge era alcoólatra e usuário de drogas. Por diversas vezes, a aposentada teria dado a ele dinheiro para sustentar o vício. Um dos familiares incomodados com a relação era Ademir, genro da idosa.
A polícia chegou até o acusado depois que testemunhas reconheceram a moto dele. "Há depoimentos de testemunhas que viram ele na cena do crime, inclusive com sua motocicleta, e que disseram que ele cometeu o crime porque não aprovava um relacionamento da vítima com um parente dele", disse o delegado Arthur Bogoni.
Ademir, no entanto, nega ter cometido o homicídio. "No dia dos fatos eu estava no shopping fazendo compras com minha companheira. Eu estava lá à noite. Pode pedir as câmeras do shopping", disse o suspeito.
Ao levantar a ficha do suspeito, que se apresenta como empresário, Arthur Bogoni teve uma surpresa: existem pelo menos seis mandados de prisão em aberto contra Ademir. Os crimes vão desde estelionato a homicídio. O acusado tem dívidas com a Justiça capixaba e também mineira. Tudo isso depois de já ter cumprido 22 anos de prisão no Rio Grande do Sul por estelionato.
"Se fizermos a conta, dá 26 anos e o processo prescreve em 20 anos. Os mandados estão prescritos, só que não deram baixa. Estou sendo prejudicado por causa disso", tentou se defender o acusado.
Na casa de Ademir, a polícia ainda encontrou máquinas de cartão de crédito e vários celulares, além de um computador. Todo o material será periciado.
"Nós apreendemos a motocicleta apontada por testemunhas como sendo a utilizada na cena do crime e, além disso, encontramos diversas máquinas de cartão de crédito e alguns cartões de crédito e computadores que podem ter sido utilizados na prática de outros crimes, talvez outras fraudes e estelionatos pela internet. Todo esse material vai ser apreendido e levado para a perícia para verificar essa suspeita", disse o delegado.