Polícia

Promotores pedem pena máxima para suspeito de assassinar Barbara Richardelle

Eles destacaram que o assassinato da jovem foi cometido com três elementos qualificadores: sem dar chance de defesa à vítima, por motivo fútil e com crueldade

Julgamento de Christian Cunha está sendo realizado no Fórum da Prainha, em Vila Velha Foto: Folha Vitória

Os promotores do Ministério Público Estadual (MPES) pediram que Christian Braule Pinto Cunha, suspeito de assassinar a ex-namorada, Barbara Richardelle, em 2014, seja condenado por homicídio qualificado e pegue a pena máxima. O MPES terminou de expor sua argumentação na sessão do tribunal do júri, por volta das 15h20. O julgamento está sendo realizado nesta quinta-feira (30), no Fórum da Prainha, em Vila Velha.

Durante a fala da acusação, os promotores destacaram que o crime foi cometido com três elementos qualificadores: sem dar chance de defesa à vítima, por motivo fútil e com crueldade. Com isso, eles pediram que o réu fosse condenado por homicídio triplamente qualificado.

Além disso, a acusação alegou ainda que, diferente da versão apresentada por Christian, o rapaz não estava namorando Barbara Richardelle na época do crime. Eles também destacaram que familiares e amigos da vítima tinham receio de que o suspeito pudesse cometer alguma mal à jovem.

Os promotores alegaram também que a defesa do réu está fazendo de tudo para caracterizar o crime como homicídio privilegiado, que é praticado sob domínio de compreensível emoção violenta, compaixão, desespero ou motivo de relevante valor social ou moral, que diminuam sensivelmente a culpa do homicida. Com isso, a tentativa seria de atenuar consideravelmente a pena para Christian.

Após as argumentações da acusação, o juiz Eneas Miranda, que preside o júri, determinou que dosse feita uma pausa de cerca de 15 minutos. Retomada a sessão, será a vez de os advogados do réu exporem suas argumentações. Assim como a acusação, a defesa de Christian terá uma hora e meia de fala.

Após as argumentações da defesa, o juiz-presidente perguntará aos jurados se estão habilitados a julgar ou se necessitam de outros esclarecimentos. Não havendo nenhum empecilho, o juiz conduzirá os jurados, o membro do MPES, o assistente e o defensor à sala especial de votação e prosseguirá à fase de questionamento e votação.

O juiz-presidente, depois de apurado o veredicto do Conselho, elaborará a peça de sentença, determinando que retornem todos ao plenário para que seja realizada a leitura da mesma. 

Em seguida o juiz proferirá a sentença que, no caso de condenação, fixará a pena base, considerará agravantes e atenuantes alegadas nos debates, imporá aumentos ou diminuições de pena, mandará o acusado recolher-se ou ser reencaminhado à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva. Já no caso de absolvição, o magistrado mandará colocar em liberdade o acusado, se não estiver preso por outro motivo.

A previsão é de que o julgamento seja encerrado na noite desta quinta-feira (30).

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O crime

A jovem foi morta em março de 2014 Foto: Reprodução Facebook

Em março de 2014, Bárbara Richardelle foi encontrada morta na margem da Rodovia Darly Santos, em Vila Velha. O suspeito de assassinar a jovem é o ex-namorado da vítima, Christian Cunha, hoje com 21 anos.

Na época do crime, segundo a polícia, Christian teria confessado e dado detalhes sobre como matou a ex-namorada. Segundo inquérito da Polícia Civil, o rapaz relatou que Bárbara, que era vendedora, havia saído do trabalho e encontrou com ele para conversar. A jovem estaria com raiva porque Christian havia divulgado fotos sensuais dela na internet. 

Ele então teria confessado à policia que esganou Bárbara e que ela caiu no chão. Em seguida, segundo a polícia, o suspeito comprou um churrasquinho e comeu ao lado da jovem caída. Ao perceber que Bárbara havia se mexido, Christian teria pego uma cavadeira e a golpeado na cabeça.

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