Polícia

Preso do semiaberto é morto dentro de fábrica de embalagens da Serra

Ele estava chegando no trabalho quando foi assassinado. Pai disse que a vítima sofria ameaças de morte

Um reeducando do sistema prisional de Vila Velha foi morto a tiros quando chegava ao trabalho, na manhã desta quarta-feira (13), em Portal de Jacaraípe, na Serra. O pai da vítima disse que o homem estava sofrendo ameaças de morte.

Carlos Eduardo Clemente de Oliveira, de 33 anos, foi morto dentro de uma fábrica de embalagens. O local onde o corpo estava foi coberto por um pedaço de lona. Familiares da vítima chegaram ao local por volta das 9 horas bastante abalados. De acordo com o pai, Carlos Eduardo estava em regime semiaberto há 10 dias.

“Ele estava cumprindo pena por tráfico de drogas, porte ilegal de arma. Ele cumpriu dez anos, saiu e estava cumprindo seis anos. Ganhou o semiaberto agora, começou a trabalhar na sexta-feira passada. Tem três dias que ele estava aqui. Ele me disse que todos os dias que chegava na empresa tinha carros o vigiando. Ele estava com medo de ser morto, mas a polícia queria que ele trabalhasse’, contou o pedreiro Eduardo José de Oliveira, pai da vítima.

A perícia foi acionada e chegou ao local por volta das 8h30. A polícia não permitiu a entrada dos familiares na empresa. “Você vê o seu filho morto e não pode fazer nada. O pai não tem o direito de ver”, reclamou o pedreiro.

De acordo com a polícia, o crime aconteceu por volta das 7 horas desta quarta-feira. Carlos Eduardo tinha acabado de chegar na empresa quando foi atingido por vários tiros. O pai acredita que os autores do crime já estavam no local quando a vítima foi morta. Câmeras de videomonitoramento da empresa podem ter registrado a ação dos criminosos e podem ajudar polícia nas investigações do crime.

A Secretaria de Estado da Justiça confirmou que o detento Carlos Eduardo cumpria pena por porte ilegal de arma na casa de custódia de vila velha, em regime semiaberto. Ele estava preso desde abril de 2014 e, de acordo com a Sejus, todas as providências legais cabíveis foram adotadas. O caso será investigado pela polícia civil e até o momento nenhum suspeito foi detido.

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