Política

Casagrande lamenta assassinatos de Dom e Bruno e diz que a luta deles deve ser de todos

Os restos mortais do jornalista e do indigenista foram encontrados dez dias após o desaparecimento deles no Vale do Javari, no Amazonas

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação / Governo do ES

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, usou as redes sociais, na tarde desta sexta-feira (17), para comentar sobre o assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira. Os dois estavam desaparecidos desde 5 de junho, quando faziam entrevistas para um livro no Vale do Javari, no Amazonas. 

LEIA TAMBÉM: PF busca terceiro suspeito pelo assassinato de Bruno e Dom

Os restos mortais de Dom e Bruno foram encontrados na última quarta-feira (15). Na publicação, Casagrande lamentou o crime e destacou que a luta de Dom e Bruno pela preservação ambiental e dos povos indígenas deve ser de todos.

"As mortes do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, dedicados na proteção dos povos originários e do meio ambiente, luta que deve ser de todos nós, nos comove e nos indigna", escreveu.

Casagrande também desejou força às famílias e cobrou que a investigação do crime. "Desejo força às famílias e que as autoridades elucidem o episódio".

Restos mortais de Dom Phillips

Foto: Reprodução

O desaparecimento e a morte do jornalista e do indigenista ganhou repercussão internacional. 

Nesta sexta-feira (17), a Polícia Federal confirmou que os restos mortais encontrados na região do Vale do Javari, no Amazonas, são do jornalista britânico Dom Phillips

O resultado foi concluído através da análise realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística de Brasília. Os peritos ainda trabalham na identificação de Bruno.  

LEIA TAMBÉM: Família de Dom se diz 'de coração partido' e agradece aos indígenas pelas buscas

Os restos mortais foram encontrados a cerca de 3 km do Rio Itaguaí. Os policiais federais chegam ao local com ajuda do pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado. 

Amarildo, que é um dos suspeitos do crime, apontou onde teria enterrado os corpos do jornalista e do indigenista Bruno Pereira. Os restos mortais foram levados para Brasília, onde foram periciados.

Hipótese de mandante e de facção criminosa são descartadas pela polícia

Os investigadores informaram, também nesta sexta-feira (17), que os assassinos do jornalista e do indigenista agiram sozinhos. A polícia acredita que o crime não teve um mandante e também destaca a participação de facções criminosas.

Inicialmente, essas linhas de investigação foram consideradas por causa do trabalho desenvolvido por Bruno, que orientava moradores a denunciar irregularidades nas reservas indígenas. 

Já a presença de traficantes de drogas e armas na região para caçadores ilegais, madeireiros e garimpeiros colaboraram para a hipótese de atuação de uma facção.

Pontos moeda