Política

Lula volta às origens para 'apresentar' Padilha

Redação Folha Vitória

São Bernardo do Campo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma agenda de campanha nesta terça-feira ao lado do candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, que relembrou seus velhos tempos de metalúrgico e sindicalista. O ato foi na porta da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP). Ao lado de Padilha, Lula esperou a saída do turno das 16 horas e cumprimentou os cerca de 4 mil funcionários, apresentando o candidato petista.

Depois de cumprimentar os funcionários e tirar "selfies" com vários trabalhadores, Padilha e Lula fizeram um breve discurso em cima de um caminhão de som. Em sua fala, Lula, que se desculpou por estar gripado e disse que falaria pouco para poupar a voz, afirmou que o candidato petista não deve se preocupar com as pesquisas - hoje o Padilha aparece com 5% das intenções de voto - e exaltou o público de trabalhadores. "Estar de volta à porta da fábrica é um motivo de alegria para mim", disse o ex-presidente. "Você, Padilha, vai sair daqui percebendo que as pesquisas não significam nada e que a campanha está só começando", disse. "Acompanho pesquisa e nunca me assustei", completou.

O ex-presidente afirmou que o PT fará uma campanha limpa e sem ofensas, mas indiretamente teceu críticas ao atual governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB). "Eles ficam preocupados se vai faltar energia lá em Brasília, mas aqui debaixo no nariz deles está faltando água", disse. Lula voltou a dizer que São Paulo e a candidatura de Padilha são "prioridades" em sua vida e rebateu as críticas de que o candidato seria um novo 'poste' eleitoral dele. "Gostamos de poste, pois os postem acendem a luz", ironizou.

Falando para um público pequeno, já que a maior parte dos trabalhadores já havia deixado o local, Lula garantiu que os metalúrgicos irão manter a tradição de votar no PT. "Esse povo não vota em candidato que tenha qualquer vínculo com empresários", disse. Segundo o ex-presidente, Padilha ganhou no ato de hoje "o oxigênio da 'peãozada'" para seguir firme em sua campanha.

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