Política

Base na Câmara vai buscar pauta positiva, diz Mercadante

Redação Folha Vitória

Brasília - O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira, 12, que o ambiente da Câmara dos Deputados é hoje de "consciência da importância da estabilidade econômica e da responsabilidade fiscal", e que as lideranças da base na Casa irão também buscar uma pauta positiva, a exemplo do Senado, para este semestre. Ontem à noite, os deputados derrubaram um destaque à PEC 443 que ampliava a vinculação do salário de servidores ao de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e aumentava o custo da medida de R$ 2,4 bilhões para R$ 7 bilhões por ano.

"Na reunião que fiz com líderes da Câmara, eu senti uma disposição sincera de buscar também uma pauta que dialogue com essa iniciativa do Senado, ver o que é convergente, o que eles querem acrescentar, para a gente ter uma perspectiva para o semestre de uma agenda positiva para retomada do desenvolvimento e da estabilidade", afirmou o ministro ao final de cerimônia de formação de diplomatas no Itamaraty.

Para Mercadante, é muito positivo o Senado apresentar temas que possam contribuir para o Brasil. Segundo ele, essa pauta do Senado, apresentada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ajuda para a confiança de investidores e para a estabilidade. "Renan tem experiência política, sabe da importância do Senado para a estabilidade", destacou.

Mercadante destacou ainda que a situação fiscal do País exige "cuidado e atenção" e não é possível abdicar do ajuste fiscal, e garantiu que os líderes da base foram unânimes sobre isso. Há uma semana, em outra reunião com os deputados, o clima era bastante diferente. Em uma rebelião, os parlamentares armaram a aprovação da PEC 443 em uma das maiores derrotas do governo este ano.

Ao ser questionado se essa aproximação com o Senado isola o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Mercadante defendeu o diálogo na Casa. E alfinetou a oposição. "Há temas que são políticas de Estado. A oposição tem direito de fazer oposição, questionar, cobrar, mas ela também tem responsabilidade em temas que dizem respeito ao País. Não pode ser o quanto pior melhor", afirmou. "Todas as agências de risco tem dito que há uma iniciativa sincera e consistente do governo de dar estabilidade fiscal e econômica, mas precisa de um ambiente político que ajude. Se não melhorar a política, não melhora a economia. Então acho que as lideranças da base na Câmara e no Senado estão conscientes desse desafio".

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