Política

Noite de confronto termina com manifestantes e soldados feridos em SC

Redação Folha Vitória

Florianópolis - O protesto contra o governo de Michel Temer, que começou de forma pacífica em Florianópolis na tarde de sexta-feira (2), terminou com lixeiras queimadas, vidros quebrados e feridos dos dois lados. Marcado para as 18h, o ato se estendeu até próximo da meia noite. Segundo os organizadores, cerca de 12 mil pessoas participaram do evento, que foi chamado por meio das redes sociais. A PM não divulgou número de participantes.

A manifestação, que começou de forma tímida depois no Largo da Alfândega após a chegada de um grupo que se concentrava no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), cresceu ao longo da noite e saiu em passeata pelas ruas da cidade. Depois de cruzarem vias como Deodoro, Hercílio Luz e Tenente Silveira, o grupo entrou em conflito com a PM na esquina da Rua Crispim Mira com a Almirante Alvim.

Fortemente armada, com o intuito de não permitir novamente o bloqueio das pontes de acesso à Ilha de Santa Catarina e da avenida Beira-Mar Norte, a Polícia Militar reagiu às tentativas do grupo de seguirem para a Beira-Mar. Lixeiras foram queimadas e vidros de agências bancárias quebrados. Os manifestantes gritaram palavra de ordem contra o governo Temer e pediram a extinção da PM. A imprensa também foi alvo dos protestos e um veículo da RIC/Record foi pichado.

A polícia reagiu com bombas de gás e balas de borracha. Manifestantes acabaram feridos. Pelo menos um soldado do Corpo de Bombeiro, que tentava apagar as chamas, também ficou ferido depois de ser atingido por uma pedra.

Sem negociação sobre o trajeto, a PM passou a acompanhar a manifestação de forma mais ostensiva. Cavalaria e Bope intervieram para dispersar a massa de pessoas que tomava conta das ruas e o grupo acabou se dividindo em dois. Além das bombas, manifestantes também foram atingidos por spray de pimenta. No fim, sobraram cerca de 700 pessoas que acabaram se dispersando após chegarem ao Terminal de Integração Central (Ticen).

Os danos aos prédios públicos e privados ainda não foram calculados. Também não há informações sobre o número de feridos. Ninguém foi preso.

Pontos moeda