Política

Espero que Justiça seja rápida e isso se esclareça, diz Alckmin sobre ação do MP

Candidato do PSDB nas eleições 2018 afirma que não há fato novo na peça apresentada pela procuradoria em SP

Redação Folha Vitória

O candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições 2018, Geraldo Alckmin, disse na tarde desta quarta-feira, 5, que não há fato novo na ação ajuizada ontem pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que acusa o ex-governador de improbidade administrativa. "Eu não tenho informação, mas quero reiterar aqui que não há nenhum fato novo. É nosso dever sempre prestar contas, transparência absoluta. A única coisa que a gente quer é que a Justiça seja rápida e que isso se esclareça rapidamente", disse, após participar de encontro na Associação Brasileira de Agências de Regulação (Abar), em Brasília.

Na ação, a promotoria diz que há indícios que o ex-governador de São Paulo aceitou recursos da Odebrecht, por meio de caixa dois, para financiar sua campanha à reeleição, em 2014. A doação teria sido de R$ 7,8 milhões, sem declaração à Justiça Eleitoral. O MP pede a suspensão dos direitos políticos do tucano e a perda dos valores "ilicitamente acrescidos a seu patrimônio".

Alckmin não comentou também o depoimento de seu advogado, José Eduardo Alckmin, à Procuradoria-Geral da República (PGR), que confirma uma reunião entre o ex-governador e executivos da Odebrecht, em 2010. "Eu não conheço esse depoimento, até porque está em sigilo, não sei como é que a imprensa consegue. Mas eu não tenho acesso", disse.

Na reunião, integrantes da Abar defenderam a autonomia orçamentária das agências reguladoras e um quadro próprio de procuradores, já que hoje eles são cedidos pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelos Estados aos órgãos. Alckmin disse dar apoio à agenda da entidade, apresentada pelo presidente da Abar, Fernando Franco.

"Nós precisamos de um Estado mais leve e eficiente, que não onere tanto o trabalhador e o empreendedor. O caminho é o Estado ser regulador e fiscalizador", disse Alckmin.

O candidato disse ainda que as agências devem ser despartidarizadas. "Agência é de Estado, os diretores têm mandato que ultrapassam o mandato de quem foi eleito. Ela não pode ser partidarizada. Partido político deve ficar a mil quilômetros de distância", afirmou.

Na avaliação dele, cabe às agências reguladoras proporcionarem confiança e segurança jurídica para atrair investimento em áreas como petróleo, água, esgoto, aeroportos, estradas, telefonia, energia e em todas as áreas de infraestrutura.