Política

Dono da Caoa diz ter 'o máximo interesse' em esclarecer o caso

José Roberto Batochio, que defende o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, do grupo Caoa, diz seu cliente foi ouvido pela Polícia Federal na condição de testemunha

Redação Folha Vitória
PF investiga empresário do grupo Caoa Foto: Reprodução

São Paulo - O advogado criminalista José Roberto Batochio, que defende o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, do grupo Caoa, diz seu cliente foi ouvido pela Polícia Federal na condição de testemunha e que ele "esclareceu todos os pontos abordados". "Havia, sim, um mandado de condução coercitiva para Caoa, mas o mandado nem precisou ser executado. Meu cliente compareceu espontaneamente, até porque tem o máximo interesse em que tudo isso seja esclarecido", afirmou Batochio à reportagem.

Segundo o advogado, a PF quis saber do empresário se ele teve casos submetidos ao Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf). Oliveira Andrade respondeu que sim, mas ressaltou que "perdeu dois recursos". O empresário também afirmou ter patrocinado eventos de futebol americano "com uma pequena verba, coisa de R$ 200 mil ou R$ 300 mil", disse José Roberto Batochio, realizados por Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre a Medida Provisória 471, o empresário foi taxativo, diz o advogado. "Ela favorece indústrias automobilísticas e todas as outras que se estabeleceram no Nordeste e no Centro-Oeste. Essas MPs não são direcionadas a empresa A, B ou C, mas a todas as indústrias."

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) suspendeu nesta segunda-feira, 26, por prazo indeterminado, o vice-presidente tesoureiro da entidade, Mauro Marcondes Machado.

De acordo com a Anfavea, a decisão foi tomada pelo presidente da associação, Luiz Moan, após as reportagens publicadas nesta segunda-feira sobre a Operação Zelotes. Em nota assinada por Moan, a entidade informou que a suspensão se dará "pelo período necessário para defesa e conclusão do processo investigativo pelos órgãos institucionais".

Na Anfavea, Marcondes representava a MMC Automotores do Brasil, responsável pela produção de veículos da Mitsubishi no País. A MMC Automotores do Brasil informa que já vinha colaborando com as investigações da PF e do Ministério Público Federal, pois a empresa tem todo o interesse em esclarecer os fatos."

O advogado de José Ricardo da Silva, Getúlio Humberto Barbosa de Sá, afirmou que a prisão de seu cliente é infundada, pois não haveria "fato novo" que a motivasse. Segundo ele, desde a deflagração na Operação Zelotes, em março, José Ricardo não está exercendo suas atividades profissionais, o que afastaria a hipótese de estar cometendo crimes.

A defesa de Alexandre Paes dos Santos, o APS, não atendeu aos telefonemas feitos pelo jornal O Estado de S. Paulo. A Marcondes & Mautoni Empreendimentos não respondeu à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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