Política

MPES pede afastamento de prefeita de Presidente Kennedy por mais 180 dias

O Ministério Público do Espírito Santo requereu a prorrogação do afastamento de Amanda Quinta, denunciada na Operação Rubi, deflagrada em maio deste ano

Foto: Reprodução
Amanda Quinta, presa em maio, conseguiu habeas corpus e deixou a prisão em setembro

Na última quarta-feira (6), o subprocurador-geral de Justiça Judicial, Josemar Moreira, do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), requereu à Justiça a prorrogação do afastamento da prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta Rangel, por mais 180 dias.

Amanda e outras seis pessoas, incluindo secretários municipais, foram denunciadas por envolvimento no esquema de corrupção investigado na Operação Rubi, deflagrada no dia 8 de maio deste ano.

No requerimento, o MPES sustenta que Amanda, enquanto esteve presa, recebeu visitas de duas servidoras municipais, que ocupavam os cargos de auxiliar administrativo (lotação administrativa) e de diretor de gestão pública (lotação no gabinete), na Prefeitura de Presidente Kennedy.

As servidoras se apresentaram como advogadas, de acordo com informações da Secretaria de Estado de Justiça. O MPES argumenta que com o objetivo de suplantar por via transversa a decisão judicial que determinou o afastamento da função pública, “a denunciada manteve sua rede de contatos locais para garantia do controle político-administrativo sobre a máquina pública, segundo seus desígnios”.

A prefeita afastada conseguiu habeas corpus e deixou a prisão no dia 18 de setembro. Amanda e alguns dos envolvidos no esquema tiveram a prisão preventiva convertida em medidas cautelares diversas.

Afastamento

Em 20 de maio deste ano, a prefeita e dois secretários municipais tiveram o afastamento dos cargos ampliado de 60 para 180 dias, sendo, ainda, vedado o acesso deles a qualquer repartição pública municipal, das quais devem manter distância mínima de 100 metros. As medidas acatadas cautelarmente estão entre os pedidos feitos pelo MPES na primeira denúncia contra os sete investigados no caso.

Diante da proximidade do término do prazo, o Ministério Público requereu, em 31 de outubro de 2019, nova prorrogação do afastamento cautelar de Amanda Quinta e de todos os demais denunciados que estejam eventualmente exercendo cargos públicos por mais 180 dias. O requerimento está sendo apreciado pelo relator do processo no Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES).

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