Política

Hartung diz que não votou em Bolsonaro, mas torce pelo sucesso do governo

A declaração foi feita durante a solenidade de entrega da Comenda Jerônimo Monteiro ao ministro Dias Toffoli.

Thaiz Blunck

Redação Folha Vitória
Foto: Thaiz Blunck

Durante a solenidade de entrega da Comenda Jerônimo Monteiro ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, declarou que não votou no presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). 

"O senhor está diante de uma pessoa que não votou no governo que vai tomar posse da Presidência da República, mas que torce pelo sucesso dele. Eu sou brasileiro e eu tenho que torcer pelo sucesso do meu país", disse Hartung ao ministro. 

Em seu discurso na cerimônia, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (10), no salão nobre do Palácio Anchieta, Hartung destacou também a situação do país após as eleições presidenciais. 

"A eleição passou e a intransigência não passou. A eleição passou e a intolerância continua presente. Então, essa comenda é do senhor, merecidamente, mas é a palavra de um democrata em nome dos capixabas para fortalecer o poder judiciário do nosso país. Nós já sofremos muito nesses últimos anos e precisamos que o país volte em uma direção em que transforme potencial em oportunidades. Para isso, precisa de diálogo", destacou. 

Casagrande: "PSB poderá votar com medidas de Bolsonaro"

O governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que também é secretário-geral do PSB e presidente da Fundação João Mangabeira, braço teórico do partido, disse que defende que a sigla, que ficou neutra no primeiro turno da eleição presidencial, mas apoiou o petista Fernando Haddad no segundo, não faça oposição sistemática ao presidente eleito.

"O PT deverá fazer oposição raivosa, mas esse não é o caso do PSB. Não faremos oposição sistemática. Podemos ter postura de apoio a medidas do governo. Vamos analisar matéria a matéria. Eu tenho a opinião de que é preciso fazer reforma da Previdência. O PSB defende reformas", disse Casagrande à reportagem.


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