Saúde

Como acabar com a foliculite

A foliculite pode aparecer em qualquer pessoa em algum momento da vida

Foto: Divulgação / Adobe Stock

Bolinhas vermelhas na virilha, na barba, nas nádegas e nas coxas podem ser sinais de foliculite. Este problema, que também pode aparecer em outros locais do corpo, costuma ser confundido com espinhas, por conta da cor e dos sinais de inflamação. Mas, diferente da acne, a foliculite acontece exclusivamente nos folículos pilosos.

A foliculite pode aparecer em qualquer pessoa em algum momento da vida. Contudo, o distúrbio é mais frequente em pessoas negras, asiáticas, obesas ou com baixa imunidade.

Causas da foliculite

É a partir dos folículos capilares que nascem os pelos e cabelos do corpo humano. A foliculite é, portanto, uma inflamação ou até mesmo uma infecção nestes locais.

Este problema pode ter diferentes causas, mas as mais comuns são:

- Depilação incorreta, seja com lâminas, seja com cera.

- Pelos encravados.

- Imunossupressão.

- Jacuzzis ou piscinas públicas com níveis de cloro e de pH desregulados;

- Roupas justas ou outras que retêm muita umidade e calor.

- Escoriações na pele, picadas de inseto ou outras coisas que comprometam a integridade dos folículos.

- Uso contínuo de esteroides e de antibióticos.

A principal causa é a infecção pelo Staphilococcus aureus. Esta é uma bactéria comum que se aloja na pele. Além disso, outros microorganismos, como vírus e fungos, podem causar lesões cutâneas características desse distúrbio.

“Tudo começa com a inflamação causada pela bactéria Staphylococcus aureus. O quadro pode ocorrer em qualquer lugar da pele, a qualquer idade, sendo mais vista no rosto, pescoço, couro cabeludo, axilas, coxas, nádegas e virilha. A foliculite acomete homens e mulheres, mas os homens podem enfrentá-lo com maior frequência por fazerem a barba regularmente”, explicou a esteticista cosmetóloga, Maíra Mendes.

Como detectar a foliculite

A foliculite pode ser reconhecida por meio da identificação dos principais sintomas. Ela pode se apresentar de maneira mais superficial ou profunda.

- Pelos encravados.

- Pele avermelhada e inchada em volta da base do pelo ou fio de cabelo.

- Pequenas lesões ou feridas, semelhantes a espinhas.

-Coceira.

- Sensação de queimadura.

Nos casos mais graves, os sinais são mais fortes.

- Bolinhas semelhantes a espinhas, com pus no interior.

- Área intensa e avermelhada.

- Inchaço.

- Dor na região.

- Cicatrizes na área.

Complicações da foliculite

A foliculite pode causar problemas bastante incômodos e até sérios, se não tratada. Dessa forma, o distúrbio pode desencadear:

- Manchas escuras na pele.

- Perda permanente do nascimento de pelos ou cabelos na área.

- Foliculites recorrentes

- Abscessos e outras complicações.

Como acabar com a foliculite

Para começar, é preciso entender que o tratamento da foliculite vai depender, essencialmente, da sua causa. Nos casos mais leves, apenas o uso tópico pode resolver o distúrbio; nas situações mais profundas, talvez seja necessário o uso de medicamentos como antibióticos. Dessa forma, a melhor maneira de cuidar da foliculite é procurando um médico dermatologista.

Para a foliculite superficial e leve:

- Higienizar a região com água morna e sabonete antisséptico. Secar bem, sempre com toalhas limpas.

- Fazer compressas mornas várias vezes no local. Ao finalizar o procedimento, lembrar de secar a área com toalhas limpas.

- Escolher um creme com propriedades anti-inflamatórias.

- Fazer esfoliação da pele, de maneira que sejam retiradas as células mortas e realizar uma limpeza mais profunda do local. Frequência de, no máximo, duas vezes por semana.

- Usar roupas leves com tecidos de algodão.

- Cuidado na hora de retirar os pelos. Na hora de depilar, é fundamental usar creme de barbear ou depilatório. Nos casos da lâmina, passa-se no sentido do crescimento dos pelos.

Para a foliculite profunda:

O médico fará uma avaliação com exame físico e observação. Em casos mais sérios, o dermatologista pode até mesmo recolher uma amostra das pústulas para avaliá-las em laboratório. Este procedimento vai identificar o microorganismo causador da foliculite.

Os tratamentos podem ir de corticóides e antibióticos via oral, somados a loções de uso tópico, compressas e até mesmo sugestão de depilação a laser.

Ainda, abscessos maiores podem carecer de intervenção cirúrgica para dreno do pus.

Prevenção da foliculite

Agora que você já sabe as causas do distúrbio, é mais fácil evitá-lo no dia a dia.

No caso de depilação, é fundamental usar antissépticos depois do procedimento. A frequência de uso deve ser avaliada com um dermatologista. Também é importante lavar sempre as mãos antes de tocar a região.

Para fazer a barba ou depilar outras regiões, é preciso dar preferência para lâminas novas e passá-las no sentido do crescimento dos fios.

Usar roupas leves e mais folgadas é essencial para evitar o desenvolvimento e o agravamento da foliculite. Em caso de ida à praia ou piscina, é primordial trocar as vestimentas molhadas por secas o mais rápido possível.

Por fim, é ideal beber bastante líquido e evitar alimentos gordurosos.

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