Saúde

Campanha internacional no ES estimula sociedade a combater a violência contra crianças

Saiba como identificar sinais psicológicos em uma criança que vive em um lar violento.

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação / Pexel
Professores devem estar atentos, porque passam maior parte do tempo com as crianças, e podem identificar os sinais com facilidade. 

Quando uma criança vive em um ambiente de violência, seja ela física, psicológica, sexual, é comum que alguns sinais sejam emitidos. Os professores, que passam grande parte do dia na companhia das crianças, podem se atentar ao comportamento deles, para identificar e auxiliar na resolução do conflito, orientando onde buscar ajuda.

De acordo com a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres da Serra, Luciana Malini, a criança que vive em um lar violento apresenta as seguintes características:

1. Fica muito quieta, introvertida e pensativa;

2. Pode se tornar, em outros momentos, agressiva e intolerante;

3. Não dorme bem à noite e apresenta sonolência, porque ouve brigas, discussões e agressões;

4. Costuma faltar com frequência, uma vez que a mãe não leva a criança à escola por vergonha de se expor, por receio de que vejam a marca da violência em seu corpo;

5. A criança para de ir às aulas sem justificativa, ou o pai ou companheiro da mãe pede a transferência de escola.

AÇÃO 

Em busca de acender um amplo debate e propor métodos para evitar o crescimento da violência sexual infantil, neste ano a campanha Quebrando o Silêncio direciona sua atenção para o tema em busca de evitar que mais crianças e adolescentes integrem estatísticas mundiais. E não só isso. A iniciativa, busca também, apresentar caminhos para a recuperação de quem, infelizmente, carrega as marcas e dores que resultam do abuso. A campanha acontece em oito países na América do Sul.

Ações no Espírito Santo

O dia “D” do Quebrando o Silêncio acontece no sábado (24). Em Cidade Continental, na Serra, por exemplo, uma passeata com aproximadamente 300 pessoas sairá do supermercado Canguru e seguir pela Avenida Brasil, do bairro, a partir das 15h. Um mini trio, banda de fanfarra e uma pessoa vestida de urso (em alusão a um brinquedo) serão alguns itens usados na caminhada. Os participantes vestirão camisetas personalizadas e distribuirão as revistas informativas da campanha (para crianças e adultos), com chaveiros temáticos. Faixas e cartazes também serão usados.

Em Feu Rosa, também na Serra, a passeata começará às 14h, saindo do supermercado Extrabom do bairro, percorrendo as principais ruas do bairro e termina em Vila Nova de Colares com uma palestra de uma psicóloga. Balões coloridos, banda de fanfarra, faixas e cartazes e carro de som serão usados para chamar a atenção. Cerca de 150 pessoas devem participar.

No interior do Estado também terá ação. Em Baixo Guandu, a partir das 10h15, um desfile será realizado pela cidade, com pessoas distribuindo materiais informativos. Já a partir das 15h, o Colégio João XXIII recebe uma feira com serviços de saúde, atendimento médico, consultoria jurídica, pula-pula, pipoca para crianças, brincadeiras, músicas e orientações para as crianças com uma psicóloga.

Já em Colatina, a partir das 11h, na praça Sol Poente, uma passeata sairá cerca de 300 pessoas. A “ Turma do Nosso Amiguinho” (bonecos gigantes infantis) estrão presentes numa carreta com som. Cartazes, faixas, balões e revistas da campanha serão utilizados.

Transtornos que acometem crianças 

Apesar de esta ser uma doença proveniente de outros fatores, ela também pode indicar que a crianças sofre com a violência no lar. De acordo com a psicóloga Beatriz Moura, os sinais da ansiedade infantil são: dores de cabeça e estômago e tensão muscular.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) - O TAG caracteriza-se pela presença de preocupações excessivas e incontroláveis sobre diferentes aspectos da vida. Apesar de preocupações serem uma manifestação de ansiedade bastante comum e fazerem parte da experiência humana, pacientes diagnosticados com TAG mostram o prolongamento desse estado ansioso.

Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social (TAS) – É mais comum em Crianças com até 2,5 anos que tendem a não se sentir confortáveis perto de pessoas não familiares. Este comportamento é esperado para a idade e deve ser entendido como parte do desenvolvimento infantil normal. Entretanto, após este período, se o estranhamento persistir e interferir na construção de uma vida social, é possível que este desconforto tenha se tornado patológico.

Pontos moeda