Campanha internacional no ES estimula sociedade a combater a violência contra crianças
Saiba como identificar sinais psicológicos em uma criança que vive em um lar violento.
Quando uma criança vive em um ambiente de violência, seja ela física, psicológica, sexual, é comum que alguns sinais sejam emitidos. Os professores, que passam grande parte do dia na companhia das crianças, podem se atentar ao comportamento deles, para identificar e auxiliar na resolução do conflito, orientando onde buscar ajuda.
De acordo com a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres da Serra, Luciana Malini, a criança que vive em um lar violento apresenta as seguintes características:
1. Fica muito quieta, introvertida e pensativa;
2. Pode se tornar, em outros momentos, agressiva e intolerante;
3. Não dorme bem à noite e apresenta sonolência, porque ouve brigas, discussões e agressões;
4. Costuma faltar com frequência, uma vez que a mãe não leva a criança à escola por vergonha de se expor, por receio de que vejam a marca da violência em seu corpo;
5. A criança para de ir às aulas sem justificativa, ou o pai ou companheiro da mãe pede a transferência de escola.
AÇÃO
Em busca de acender um amplo debate e propor métodos para evitar o crescimento da violência sexual infantil, neste ano a campanha Quebrando o Silêncio direciona sua atenção para o tema em busca de evitar que mais crianças e adolescentes integrem estatísticas mundiais. E não só isso. A iniciativa, busca também, apresentar caminhos para a recuperação de quem, infelizmente, carrega as marcas e dores que resultam do abuso. A campanha acontece em oito países na América do Sul.
Ações no Espírito Santo
O dia “D” do Quebrando o Silêncio acontece no sábado (24). Em Cidade Continental, na Serra, por exemplo, uma passeata com aproximadamente 300 pessoas sairá do supermercado Canguru e seguir pela Avenida Brasil, do bairro, a partir das 15h. Um mini trio, banda de fanfarra e uma pessoa vestida de urso (em alusão a um brinquedo) serão alguns itens usados na caminhada. Os participantes vestirão camisetas personalizadas e distribuirão as revistas informativas da campanha (para crianças e adultos), com chaveiros temáticos. Faixas e cartazes também serão usados.
Em Feu Rosa, também na Serra, a passeata começará às 14h, saindo do supermercado Extrabom do bairro, percorrendo as principais ruas do bairro e termina em Vila Nova de Colares com uma palestra de uma psicóloga. Balões coloridos, banda de fanfarra, faixas e cartazes e carro de som serão usados para chamar a atenção. Cerca de 150 pessoas devem participar.
No interior do Estado também terá ação. Em Baixo Guandu, a partir das 10h15, um desfile será realizado pela cidade, com pessoas distribuindo materiais informativos. Já a partir das 15h, o Colégio João XXIII recebe uma feira com serviços de saúde, atendimento médico, consultoria jurídica, pula-pula, pipoca para crianças, brincadeiras, músicas e orientações para as crianças com uma psicóloga.
Já em Colatina, a partir das 11h, na praça Sol Poente, uma passeata sairá cerca de 300 pessoas. A “ Turma do Nosso Amiguinho” (bonecos gigantes infantis) estrão presentes numa carreta com som. Cartazes, faixas, balões e revistas da campanha serão utilizados.
Transtornos que acometem crianças
Apesar de esta ser uma doença proveniente de outros fatores, ela também pode indicar que a crianças sofre com a violência no lar. De acordo com a psicóloga Beatriz Moura, os sinais da ansiedade infantil são: dores de cabeça e estômago e tensão muscular.
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) - O TAG caracteriza-se pela presença de preocupações excessivas e incontroláveis sobre diferentes aspectos da vida. Apesar de preocupações serem uma manifestação de ansiedade bastante comum e fazerem parte da experiência humana, pacientes diagnosticados com TAG mostram o prolongamento desse estado ansioso.
Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social (TAS) – É mais comum em Crianças com até 2,5 anos que tendem a não se sentir confortáveis perto de pessoas não familiares. Este comportamento é esperado para a idade e deve ser entendido como parte do desenvolvimento infantil normal. Entretanto, após este período, se o estranhamento persistir e interferir na construção de uma vida social, é possível que este desconforto tenha se tornado patológico.