Saúde

Câncer de intestino acomete homens e mulheres no Brasil

O setembro verde conscientiza a população sobre a prevenção da doença

Câncer de intestino chega a 36.300 casos em 2018. 

Setembro Verde é um movimento de conscientização sobre a prevenção do Câncer Colorretal (Câncer no Intestino e Reto). Embora seja pouco divulgada, segundo o INCA, a doença está entre um dos tipos de câncer mais incidentes no Brasil e no mundo,  acometendo homens e mulheres, com mais de 36.300 casos em 2018.

O médico oncologista, Tiago Cypriano esclarece as dúvidas e passa informações sobre as doenças

O que é o setembro verde?

Dr. Tiago: É um momento de pensar em câncer de intestino grosso e nos exames que podem ser preventivos no sentido de detecção precoce dessa neoplasia e um estímulo aos pacientes em procurar tratamento mais cedo para a gente ter resultados melhores.

Quais seriam esses exames?

Dr. Tiago: Existem orientações das sociedades médicas em relação à pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia a partir dos 50 anos, porém não há um estímulo quanto à realização destes exames por parte da própria sociedade médica o que atrasa bastante o diagnóstico. E este é um dos tipos de câncer que responde muito bem ao tratamento, com uma chance de cura de cerca de 85% dos casos.

O câncer de intestino é um dos que mais acometem homens e mulheres?

Dr. Tiago: Sim, é um dos mais frequentes. Perde apenas para o de mama, nas mulheres e para o de próstata e pulmão nos homens. Aqui no ambulatório, por exemplo, atendemos em média quatro novos casos toda semana e desses cerca de 90% são dessa patologia, então é um câncer com uma incidência bem alta.

Há alguma razão para isso?

Dr. Tiago: Existem os fatores de risco. O tabagismo, que é clássico. O tipo de dieta, aquelas ricas em carne vermelha, defumados e alimentos em conserva aumentam as chances de câncer de colón. O fator hereditário também pode ser importante. Pacientes mais jovens o tem bem determinados, com vários casos na família. Existem algumas síndromes familiares que são associadas ao câncer de reto e colón também.