Saúde

Mitos e verdades mais comuns sobre câncer de pele

Câncer de pele é o mais incidente em brasileiros e 180 mil novos casos da doença surgem por ano

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
Pintas e manchas, principalmente quando mudam de cor ou tamanho, devem ser analisadas por um dermatologista. 

No Brasil, o câncer de pele representa 30% dos casos da doença, sendo o mais incidente na população. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 180 mil novos casos da doença surgem por ano, no País. Dezembro é considerado o mês de conscientização sobre o câncer de pele, com a Campanha Dezembro Laranja, marca o luta contra a doença. 

Neste período, dermatologistas e demais profissionais da saúde reforçam a importância da prevenção e diagnóstico do câncer, além de esclarecer as principais dúvidas sobre o tema. A médica dermatologista, Renata Sitonio esclarece os mitos e verdades mais comuns sobre o câncer de pele. 

Nos dias nublados, não há necessidade de usar filtro solar? 

Mito. Mesmo nesses dias, ocorre a radiação ultravioleta. Ela danifica o DNA das células da pele, predispondo ao câncer de pele. Estações mais frias também oferecem riscos, diferente do que alguns acreditam. Portanto, o uso do protetor solar é imprescindível e deve ser diário.

Pessoas com olhos e cabelos claros têm mais chances de ter câncer de pele? 

Verdade. Por ter menos proteção pela melanina, as pessoas claras estão mais sujeitas a ter câncer de pele. Em dias de exposição solar, é recomendado que, além do protetor solar, também use acessórios para proteção, como chapéus e óculos de sol.

Cicatriz de queimadura pode se tornar câncer de pele?

Verdade. É uma ocorrência rara, mas em grandes cicatrizes pode-se ter a formação de câncer de pele. Por isso, se houver alguma mudança da pele da cicatriz, procure um dermatologista.

Áreas não expostas ao sol não estão sujeitas ao surgimento do câncer de pele?

Mito. O câncer de pele tipo melanoma, por exemplo, tem um fator genético muito importante e pode surgir também em locais como nádegas, palmas e solas, unhas e até nos olhos. Isso pode ser determinado por fatores genéticos de cada indivíduo.

Pessoas de pele negra não têm câncer de pele? 

Mito. Apesar de mais resistente, a pele negra não está imune aos efeitos da radiação UV. Além disso, um estudo apresentado no XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica revelou que as pessoas de pele negra podem desenvolver com maior intensidade a forma mais grave do câncer de pele, o melanoma nos pés, mãos, braços e pernas. Esse tipo de câncer é o menos frequente entre os melanomas (de 2% a 8% dos casos), no entanto, é o mais comum entre pessoas de pele negra.

Quem possui muitas pintas ou histórico familiar de câncer de pele corre mais riscos? 

Verdade. Existem sim fatores genéticos que podem determinar a maior ou menor predisposição ao câncer de pele. Quanto às pintas, é importante considerar aspectos como quantidade, alterações na cor e formato ou se doem ou coçam, pois elas também podem ser indícios de câncer de pele.

O protetor solar é a única forma de prevenção?

Mito. Apesar de ser o principal fator de proteção, o filtro solar deve ser aliado a outros cuidados, como o uso de acessórios de proteção, moderação na exposição solar a fim de evitar queimaduras e também por meio do autoexame. Uma dica para o autoexame é aplicar o método ABCDE (diferença na Assimetria, com Bordas desiguais, Coloridas, Diâmetro maiores que 5 mm, que Evoluem rapidamente de forma, espessura, tamanho e cor, são indicativos da doença).

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