Saúde

Vacina pentavalente está em falta nos postos de saúde da Grande Vitória

A vacina deve ser administrada em três doses: a primeira aos dois meses de idade, a segunda aos quatro, e a terceira aos seis

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/ Prefeitura de Vitória/ Diego Alves

A falta da vacina pentavalente afeta a rede pública de saúde na Grande Vitória. Segundo a coordenação do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, a última remessa do imunizante enviada pelo Ministério da Saúde (MS), um total de 16 mil doses, foram distribuídas no início do mês de novembro (2019) entre os municípios do Espírito Santo. Contudo, segundo o Programa, não há previsão de um novo recebimento da vacina por parte do Ministério da Saúde.

O Estado tinha como expectativa que a normalização do recebimento das doses ocorresse em outubro, porém, em consequência da reprovação do produto, que era importado da Índia, o abastecimento das novas doses não aconteceu. Por isso, a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B, está em falta nos postos públicos de saúde dos municípios de Vitória, Vila Velha e Cariacica. 

Segundo a coordenação do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis do ES, a cota mensal para o Espírito Santo é de 16.590 mil doses. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa), até o mês de maio, a cobertura vacinal da pentavalente no Espírito Santo era de 84,71%. A meta do Ministério da Saúde é de 95%. A coordenação garante que assim que chegarem as doses, serão imediatamente distribuídas aos municípios. 

Pentavalente

A vacina pentavalente deve ser administrada em três doses: a primeira aos dois meses de idade, a segunda aos quatro, e a terceira aos seis. Juntas, as doses previnem contra cinco tipos de doenças: a difteria, que afeta amígdalas, faringe, laringe, nariz e pele; o tétano, infecção bacteriana perigosa que ataca os nervos; a coqueluche, que se caracteriza por uma forte tosse seca e compromete o aparelho respiratório, prejudicando brônquios e pulmão; a hepatite B, onde ocorre a inflamação do fígado; e infecções causadas pela bactéria haemóphilus influenzae tipo B, responsável por quadros de pneumonia, inflamação na epiglote, otites, infecções na corrente sanguínea e a meningite.

Resposta

O Ministério da Saúde informa que distribuiu mais de 4,7 milhões de doses da vacina pentavalente aos estados de todo o país neste ano e 95 mil para o Espírito Santo. A última remessa da pasta foi feita em outubro, com o envio 885 mil doses para o país e 16 mil para o Estado. Em novembro, não foi possível realizar o envio, pois a carga que chegou ao Brasil está aguardando parecer da OPAS para posterior liberação da Anvisa. Somente depois poderão ser liberadas para uso e distribuídas aos Estados.

A pasta solicitou a reposição do fornecimento à OPAS. No entanto, não há disponibilidade imediata da vacina pentavalente no mundo e ela não é fabricada no Brasil. Quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde fará busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade, entre os meses de agosto e novembro, para vaciná-las.

Recomendação do MS

A distribuição das vacinas nos municípios é de competência das Secretarias de Saúde dos Estados. Os pais que não conseguiram vacinar os filhos devem procurar as salas de vacinação nos municípios e programarem a vacinação das crianças, conforme o cronograma de imunização. O funcionamento das salas de vacinação é responsabilidade dos municípios.

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