Saúde

'Doença do beijo': saiba o que levou ao quadro viral diagnosticado em Anitta

Transmitida principalmente pela saliva, a mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein-Barr

Foto: Reprodução/Instagram @anitta

Nesta quarta-feira (7), a cantora Anitta precisou ser internada pela segunda vez em menos de uma semana. Por causa disso, precisou, inclusive, cancelar a sua apresentação prevista para a Farofa da GKay, evento que reune famosos para comemorar o aniversário da influenciadora Géssica Kayane.

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Anitta chegou a fazer uma live em uma de suas redes sociais para explicar aos fãs a ausência no evento e como está se sentindo.

No último sábado (3), a artista revelou em um evento que havia sido diagnosticada com o vírus Epstein-Barr que provoca a mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como a 'doença do beijo'.

Foto: Reprodução/@anitta

Quando o quadro foi confirmado, Anitta disse que passou pelo momento mais difícil de sua vida.

Segundo a infectologista Ana Rachel Rodrigues, ouvida pelo site de notícias R7, a doença é mais comum em crianças, principalmente no início da rotina escolar. Adolescentes também são comumente acometidos. Porém, pode ocorrer já na fase adulta, entre 15 e 25 anos de idade.

De acordo com a médica, cerca de 90% das pessoas adultas já tiveram contato com a doença. O mais raro é quem ainda não teve.

O fato é que a principal forma de transmissão do vírus é a saliva. Apesar de não ser comum, também é possível que haja contaminação durante uma relação sexual. "Falam que é a doença do beijo, mas ela pode ser transmitida por objetos, um copo, um material de uso comum, como um talher. Tudo o que tiver saliva pode transmitir", diz a especialista.

Principais sintomas da mononucleose infecciosa

Entre os principais sintomas da mononucleose estão:

- Dor de garganta prolongada (com placas de pus);

- Gânglios no pescoço, dor no corpo, manchas e febre por vários dias;

Vale lembrar que apesar dos sintomas, a doença pode ser assintomática. Em quadros mais graves, a infecção pode acometer órgãos importantes como o fígado e o baço levando a um aumento exagerado de tamanho, desencadeando até mesmo uma hepatite.

De maneira geral, os sintomas costumam surgir em um período de duas a três semanas. Um outro ponto importante é o tempo em que a pessoas contaminada continua a trabnsmitir o vírus: não é um padrão.

"Não tem um tempo estabelecido. Às vezes, você vai ficar menos, às vezes até um ano, não tem como saber por um exame específico. Eu acredito que, na medida em que estiver sem sintomas, com um estado geral bom [não está transmitindo], mas não é exato. Mas por pelo menos uns três meses é mais certo que a pessoa está transmitindo", explica a infectologista ao R7.

Como tratar a doença? 

Não existe um tratamento específico para a mononucleose, por isso, são tratados os sintomas por meio de analgésicos ou corticites. a hidratação também é muito importante, assim como o repouso para esperar que o organismo elimine o vírus.

Também ouvida pelo R7, a infectologista e diretora da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia) Karen Mirna Loro Morejón fez um alerta: "precisamos estar atentos aos sintomas desses pacientes e rastrear possíveis complicações que possam acontecer durante o curso dessa infecção".

Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, conduziram um estudo que concluiu que a esclerose múltipla, doença degenerativa sem cura, também pode estar associada a uma infecção prévia pelo Epstein-Barr.

Saiba como se prevenir do vírus Epstein-Barr

Alguns cuidados básicos de higiene são bastante eficientes para manter o vírus longe. Veja algumas dicas:

- Mantenha as mãos limpas corretamente;

- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como escova de dentes, por exemplo;

- Mantenha os ambientes sempre limpos. 

Em caso de sintomas da doença, a recomendação é para que o indivíduo procure atendimento o quanto antes nas unidade de saúde, usando máscara. Os quadros respiratórios podem ser confundidos com os de outras doenças.

Caso o diagnóstico de mononucleose infeciosa seja confirmado,  as pessoas mais próximas e os familiares devem manter alguns cuidados.

"Não há vacina para essa doença. Recomenda-se evitar contato íntimo com itens pessoais [copos, talheres, escova de dentes]", disse a especialista ao site.

*Com informações do Estadão e do R7

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