Trabalho

Após prazo prorrogado, programa de pesquisa científica irá contratar 250 bolsistas

Serão mais de R$ 1,7 milhão em, aproximadamente, 50 projetos e 250 bolsistas de iniciação científica júnior para serem contratados no programa

Foto: Marcelo Casal jr/ Agência Brasil

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) prorrogou o prazo final de submissão de projetos de pesquisa feitos por jovens capixabas da Rede Pública Estadual no Programa de Iniciação Científica Júnior 2022 (PIC Jr 2022).

Os interessados têm até 8 de novembro para inscrever projetos no PIC Jr pelo site www.sigfapes.es.gov.br que irá destinar mais de R$ 1,7 milhão para apoiar pesquisas desenvolvidas por alunos da rede pública. 

Cerca de 50 projetos e 250 bolsistas de iniciação científica júnior serão contratados no programa, segundo estimativas da Gerência de Formação e Capacitação Técnico-Científica (Gecap) da Fapes.

O Edital é uma parceria da Fapes com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), e recebe propostas de projetos que serão desenvolvidos por alunos e professores de escolas públicas localizadas no Estado. A prioridade são os bairros atendidos pelo Programa Estado Presente em Defesa da Vida, do Governo do Estado.

Os projetos devem estar sob a coordenação de pesquisadores de instituições de ensino ou pesquisa sediadas no Espírito Santo e em conformidade com os temas de interesse descritos no Edital.

O recurso total é de R$ 1,725 milhão para apoiar projetos que devem ser realizados no período de 10 meses, a partir de 2022, pelos estudantes. Do valor total de recursos destinados, metade é da Fapes, oriundo do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcitec), e a outra metade é da Sedu.

Histórias de sucesso do Programa de Iniciação Científica Júnior 

Guilherme Thomas e Gabriel Hanson participaram do PIC Jr. em 2018 e contaram como foi a experiência. Os dois eram estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – Campus Cachoeiro de Itapemirim. 

Eles trabalharam no projeto “Do subliminar ao visível: de que forma se estruturam e se manifestam os processos de discriminação entre os sujeitos do contexto educativo no Ifes – Campus Cachoeiro de Itapemirim”.

“O projeto foi um divisor de águas na minha vida. Além de ter ganhado bolsa, que faz diferença na situação financeira de qualquer pessoa, conheci a professora que me deu contatos para o mundo das ciências sociais. Eu achava que seria um cientista na área de biologia, mas depois do projeto me apaixonei pela área de Ciências Sociais”, comentou Gabriel Hanson, que, atualmente, é estudante da Universidade de São Paulo (USP) e trabalha em uma pesquisa com o tema discriminação de gênero e orientações sexuais em antropologia.

O universitário, que cursa Jornalismo, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Guilherme Thomas atribuiu ao programa de iniciação científica a escolha por seguir a carreira de pesquisador.

“O projeto foi de extrema importância para minha formação como cidadão e pesquisador. Mudou minha maneira de enxergar o mundo. Hoje, olho para as coisas com um olhar mais crítico e tento não deixar que minhas concepções pessoais alterem a maneira como analiso o mundo ao meu redor. Além de ter sido essencial para ajudar a me desenvolver na faculdade, já que continuo estudando as humanidades. O projeto me fez querer investir mais no meu futuro como pesquisador e produtor de conhecimento”, destacou ele.

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