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Dois meses após morte de criança que ingeriu medicamentos, família da Serra alega não ter recebido laudo

Fernando, a mãe e o irmão do menino haviam acabado de voltar da Bahia, onde moraram por algum tempo. O caso aconteceu no dia 27 de setembro deste ano

A criança brincava com mais quatro colegas Foto: TV Vitória

Após dois meses da morte de um criança que ingeriu medicamentos, encontrados em um terreno, na Serra, o laudo do Departamento Médico Legal (DML) ainda não ficou pronto. Isso é o que alega a mãe de Fernando Santos. O menino brincava na rua quando acabou encontrando os comprimidos. Sem o laudo, a mãe informou que não é possível saber que tipo de medicamento ele ingeriu, nem a quantidade. 

Fernando, a mãe e o irmão haviam acabado de voltar da Bahia, onde moraram por algum tempo. Em julho, ela decidiu retornar para a casa em Balneário Carapebus, na Serra. O caso aconteceu no dia 27 de setembro deste ano. “Era uma criança alegre, cheia de vida, que gostava muito de brincar. Você cria, gera e de repente você não tem mais. É muito complicado. Só quem passa sabe”, afirmou a mulher.

A criança brincava com mais quatro colegas num monte de areia que continua no local. Testemunhas disseram que tudo aconteceu em questão de segundos. A mãe dele entrou em uma casa para ir ao banheiro e bastou que ela desse as costas para que uma das crianças a chamasse de volta. Foi quando o Fernando encontrou e ingeriu os comprimidos. Além de sofrer pela perda do filho, a mãe disse que sofre com julgamentos de outras pessoas.

“Eles falam que foi imprudência, mas as pessoas não sabem que meu filho não estava no lixo, ele estava na porta de casa. Medicações foram sim encontradas no lixo, mas também foram encontradas por perto. Eu creio que o Senhor, que vê todas as coisas, sabe muito bem que não foi assim que aconteceu. Meu filho não estava brincando no lixo. A medicação foi descartada de forma errada”, disse.

Ela contou que notou que Fernando apresentou os primeiros sintomas de intoxicação cerca de 01h30 depois de ingerir os comprimidos. “Eu retornei a ligação para o tóxico que me orientou a tentar fazê-lo dormir, pois ele poderia estar com sono. Foi nesse momento que eu saí e corri atrás de atendimento. Eu não acreditava que ele estava com sono. Eu me desesperei”. 

A Polícia Civil informou que o laudo do menino já foi concluído e que a assessoria não conseguiu falar com o delegado do caso para saber se haverá investigação sobre a morte da criança.

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