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Empresas têm 30 dias para apresentar projetos para conter pó preto em Vitória

As empresas Arcelor Mittal, Vale e Mizu, fabricante cimento que opera no Estado, foram acionadas para que tomem providências para reduzir a poluição no ar da capital

O problema do pó preto na Grande Vitória é antigo e causa muita reclamação Foto: Divulgação

Em mais uma medida para conter a emissão de pó preto que tanto incomoda os moradores de Vitória, a prefeitura emitiu, na última sexta-feira (06), autos de constatação para que as empresas Arcelor Mittal, Vale e Mizu tomem providências para reduzir a poluição no ar da capital. Elas têm um prazo de 30 dias para que apresentem projetos para o enclausuramento do pó de minério.

Uma equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) realizou, na tarde de sexta, uma ação nas três empresas. A vistoria aconteceu por conta do aumento do nível de emissão de pó de minério registrado em quatro estações de monitoramento de ar em Vitória.

As estações que apresentaram aumento nas emissões poluentes foram: Jardim Camburi, com o aumento de 7,24, para 10,3; Enseada do Suá, de 11,61 para 14,0; Hotel Senac, de 6,28 para 9,0; e Clube Ítalo; de 5,9 para 9,9, conforme relatório do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema).

"Toda a cidade de Vitória exige que haja uma melhoria da qualidade do ar e da água das nossas praias. Estamos agindo com muito cuidado e muita intensidade nessas duas ações. Mesmo compreendendo os desafios que essas duas questões impõem, não vamos abrir mão de fazer a nossa parte acompanhando e fiscalizando a evolução do controle", disse o prefeito Luciano Rezende.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Sérgio Barbosa, informou que os fiscais fizeram a vistoria e também aplicaram um auto de constatação para cada empresa, dando um prazo de 30 dias para que elas apresentem projetos para o enclausuramento do pó. A Prefeitura solicitou que a Mizu tome providências a respeito 
da produção de cimento.

Em janeiro, a Prefeitura multou a Vale e a Arcellor em R$ 68 milhões por conta da emissão de pó preto em Vitória.

Por meio de nota, a Vale informou que recebeu a notificação e pretende responder no prazo. Já a Arcelor Mittal Tubarão disse que não foi notificada oficialmente e que somente após isso poderá fazer uma avaliação dos resultados. Nenhum representante da empresa Mizu, fabricante de cimento, foi encontrado para comentar a notificação.

O Iema informou que as partículas no ar estão dentro do padrão considerado pelo órgão. Além disso, o Instituto informou também que o Governo do Estado mantém um termo de compromisso ambiental em parceria com o Ministério Público visando a melhoria da qualidade do ar na Grande Vitória. 

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