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Sobe para 159 o número de mortos em terremoto na Itália, diz Defesa Civil

Tremor, de magnitude de 6,2 graus na escala Richter, atingir a região central do país. Das vítimas, 106 morreram em Accumoli e Amatrice e 53 em Arquata

Terremoto devastou grande parte da região central da Itália Foto: UReady4Football

A Defesa Civil informou nesta quarta-feira (24) que subiu para 159 o número de mortos no terremoto que atingiu a região central da Itália. Das vítimas, 106 morreram em Accumoli e Amatrice e 53 em Arquata. As informações são da Agência Ansa.

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse que os feridos foram levados para fora de Amatrice e Accumoli em helicópteros e ambulâncias. "Foram 368 somente nesta manhã", disse Renzi. "Há alguns problemas para o reconhecimento dos corpos, mas estamos trabalhando nisso".

Renzi fez a declaração em Rieti, uma das províncias mais afetadas pelo abalo sísmico, onde o premier também destacou que será preciso um "longo período de gestão" para lidar com a emergência provocada pelo terremoto. "A emergência demandará um longo período de gestão. Deveremos estar todos à altura deste desafio", disse.

Capixabas relatam momentos de tensão

Alguns capixabas que vivem na Itália relataram momentos de tensão por causa do terremoto. Morando há quatro meses em Roma, a capixaba Carla Pedroni conta que o clima é de muita preocupação, apesar do terremoto não ter atingido a região onde ela está.

“Foi forte e mesmo não sendo em Roma, deu para sentir. A situação é crítica nas cidades que foram afetadas, soube que não estão deixando ninguém entrar nesses locais. Ainda estão mexendo nos escombros. Em Roma não teve danos, o tremor foi leve, mas todos ficam assustados porque dessa vez foi forte, mais forte do que um que teve há alguns anos. A magnitude desse foi de 6,2 enquanto o do outro foi de 5,3”, explica.

Carla conta que as pessoas já estão acostumadas com os tremores na região. “Ficamos assustados, mas as pessoas já estão acostumadas com a situação. Sempre há um medo, né? Roma não é uma área sísmica, mas existe o medo. Minha irmã contou que algumas pessoas até saíram de casa, o que é uma atitude normal quando isso acontece”, disse.

Outro capixaba que também mora na Itália é o William Guisso, que acompanhou o desespero de uma amiga durante o terremoto. Segundo ele, a jovem precisou sair as pressas de casa a procura de um lugar seguro.

“Estamos muito assustados porque é uma causa natural e nunca se sabe aonde vai ser. A gente sentiu o tremor aqui na minha cidade, mas não causou destruição. O susto e a preocupação acabam atingindo todos nós. Inclusive uma amiga minha, que estava para me visitar hoje e que mora na região atingida, teve que abandonar a casa e dormir dentro do carro dela pela segurança. Ela sentiu o tremor mais forte e viu o desespero das pessoas. Minha amiga entrou no carro, abandonou a cidade e quando chegou num local seguro, ela dormiu para aguardar tudo passar”, conta.

Ainda de acordo com Guisso, o número de mortos pode aumentar ainda mais porque as autoridades não conseguiram chegar a algumas cidades devastadas. “Os jornais mostram que várias cidades, onde o estrago foi muito grande, a defesa civil não conseguiu chegar", diz.

Com informações da Agência Brasil

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