Polícia

Sanguinello: empresários suspeito de fraude prestam novos depoimentos a partir desta terça

Os empresário Frederico de Lima e Silva Leone depõe nesta terça-feria (3). Já Ricardo Corteletti será ouvido na quarta (4) assim como Cristiano da Silva

Detidos na Operação Sanguinello prestarão novos depoimentos ao MPES Foto: Reprodução

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), começa a ouvir novamente os empresários detidos na Operação Sanguinello a partir desta terça-feira (13).

O primeiro a ser ouvido será o empresário Frederico de Lima e Silva Leone. Já o empresário Ricardo Corteletti tem depoimento previsto para as 13 horas desta quarta-feira (4). No mesmo dia Cristiano da Silva, apontado pelo MPES como intermediário do esquema, deverá ser ouvido pelo Gaeco.

Os três tiveram o pedido de prisão prorrogada, por mais cinco dias, no último domingo (01). Em paralelo, dando seguimento às investigações, integrantes do Gaeco e da Receita Estadual continuarão a análise dos documentos e do material apreendido na operação.

Nesta segunda-feira (2) o MPES tomou depoimento de suspeitos que não tiveram prisão decretada e também de testemunhas. A assessoria de imprensa do órgão não confirmou quantas pessoas foram ouvidas e nem  passou o teor dos depoimentos porque poderiam atrapalhar as investigações.

Na última sexta-feira (30), a socialite Sandra da Penha Corteletti teve a prisão temporária revogada. Segundo o MPES, o pedido teve como base o fato de Sandra ter dois filhos adolescentes e a constatação de que ela não é a principal gestora da empresa Newred Distribuidora Importação e Exportação LTDA., conforme foi apurado e corroborado no depoimento do marido, Ricardo Corteletti.

 A empresa Newred, localizada em Vila Velha (ES), é um dos alvos da operação.  Sandra e Ricardo também tiveram a prisão requerida pela Polícia e pelo Ministério Público de Minas Gerais, quando foi deflagrada a Operação Sanguinello. 

 Outros presos na operação, João Batista Tomaz de Carvalho e Juscelino de Jesus Carvalho foram ouvidos na tarde de quarta-feira (28), e em seguida foram colocados em liberdade, por terem colaborado com as investigações.

Os acusados de envolvimento podem responder por crime contra a ordem tributária, cuja pena varia de um a cinco anos de prisão; lavagem de dinheiro (pena de um a três anos de prisão); falsidade ideológica (um a cinco anos de prisão) e organização criminosa (três a oito anos de prisão). Os depoimentos e o material apreendido indicam que o esquema de fraudes tem extensão maior que o apurado inicialmente, com mais pessoas e empresas fictícias envolvidas, bem como um valor financeiro superior ao apurado inicialmente, nas operações comerciais com fortes indícios de irregularidades.

O teor dos depoimentos não pode ser revelado, mas segundo o MPES, ainda não foi totalmente esclarecida a participação de cada um dos acusados no esquema. O órgão ainda não informou se solicitará a prorrogação das prisões preventivas.

A operação

A “Operação Sanguinello” foi deflagrada na última quarta-feira (28), pelo MPES, por meio do Gaeco, e pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), por meio da Receita Estadual, com apoio da Polícia Militar. O objetivo foi desarticular e colher provas relativas a uma organização criminosa que atua no setor atacadista e varejista de bebidas em todo o Espírito Santo e Estados vizinhos, cujas ações em terras capixabas apontam para operações comerciais fraudulentas da ordem de R$ 230 milhões. 

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