Polícia

Caso Maranata: Justiça começa a ouvir testemunhas de acusação

Foram 19 pessoas denunciadas pelo MP-ES por supostos crimes como de estelionato, fraude e lavagem de dinheiro. Processo deve ser longo e não há data para sentença

Igreja Cristã Maranata Foto: Divulgação

A Justiça começará a  ouvir na tarde desta quinta-feira (28) as testemunhas de acusação do caso dos  líderes da Igreja Maranata, denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) por crimes. No mês passado o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES) manteve a denúncia contra a cúpula da igreja.

Segundo o Procedimento Investigatório Criminal, os acusados integram uma organização criminosa especializada e responsável por crimes de estelionato, falsidade ideológica e outras fraudes, bem como crimes de descaminho, tráfico de influência, formação de quadrilha, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro contra a fé pública e ordem, tributária.

O procedimento investigatório diz ainda que membros ligados à cúpula da entidade "aproveitaram-se da imunidade tributária aos templos de qualquer culto para ludibriarem fiéis e devotos mediante variadas fraudes visando desviar numerários oferecidos para finalidades ligadas à Igreja, em proveito próprio e de terceiros, pessoas físicas e jurídicas vinculadas à quadrilha".

O juiz Ivan Costa Freitas, da 8ª Vara Criminal de Vitória, vai comandar as oitivas,  chamadas audiência de instrução e julgamento. O advogado Leonardo Schuler foi convocado para ser testemunha de acusação.

“São muitas pessoas que serão ouvidas. Não tem condições desse processo terminar amanhã. Serão ouvidas testemunhas de acusação, depois de defesa. O juiz depois pode solicitar outras testemunhas depois para mais esclarecimentos até que saia a sentença”, adiantou o advogado.

Foram 19 pessoas denunciadas pela supostos crimes  e o caso correm em segredo de justiça.

Relembre o caso

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da Polícia Militar, realizou no final do mês de novembro de 2012, a Operação “Entre Irmãos”, com o objetivo de desarticular e colher provas relativas à suposta atuação de uma organização criminosa que opera no âmbito da Igreja Cristã Maranata.

Além da denúncia de se apropriar indevidamente do dízimo dos fiéis, a Igreja Maranata também está sendo investigada por envolvimento em um suposto desvio de dinheiro público. Os indícios dos crimes foram descobertos durante a deflagração da Operação Entre Irmãos, realizada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

O presidente, um ex-presidente e dois pastores da Igreja Maranata foram presos no início do mês de março deste ano, pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da Polícia Federal em uma ação do Ministério Público Estadual.

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