Polícia

Presa quadrilha acusada de vender drogas para jovens de classe média na Grande Vitória

Os sete acusados foram detidos durante uma operação do Nuroc. Segundo as investigações, eles vendiam o material em locais públicos, como escolas e universidades

Detidos são suspeitos de pertencer a uma quadrilha que vendia drogas para jovens de classe médica alta Foto: TV Vitória

Sete pessoas foram presas, nesta quarta-feira (15), suspeitas de fazerem parte de uma quadrilha que vendia drogas, como ecstasy e maconha, para jovens de classe média em escolas, universidades e até shoppings de Vitória e Vila Velha. Eles foram detidos durante uma operação do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc).

Fernando Alves Caldas, de 21 anos, e Paloma Borges de Almeida, de 22, são apontados pela polícia como os chefes da quadrilha. Segundo as investigações, eles repassavam as drogas para Juliana Elaine Nascimento Coutinho, de 25 anos, José Douglas Vellasco Duarte, de 18, Suellen de Almeida Nunes, de 21, Igor Rodrigues de Faria, de 22, e Aldeni Júnior, também de 21. 

Cinco integrantes da quadrilha foram presos em casa. Outros dois em shoppings da Grande Vitória, onde trabalhavam e supostamente vendiam os entorpecentes.

"Alguns eram funcionários de lojas de shoppings, que vendem artigos para jovens, e dentro desses estabelecimentos aliciavam os adolescentes para a compra de drogas. As famílias deixam seus filhos irem para o shopping, na esperança de que lá seja um local seguro e que a criança ou o adolescente não seja aliciado para esse mundo negro das drogas", ressaltou a delegada Lana Lages, responsável pelo caso.

Segundo as investigações da polícia, que começaram há três meses, a quadrilha possuía vínculo com Maurício de Jesus Camargo, o "Zorro", que foi preso na semana passada. As drogas vinham de outros estados e eram distribuídas para estudantes e pessoas de classe média alta de Vitória e Vila Velha. 

"Essa organização criminosa tem ligação indireta com o Mauricinho, o Zorro, que foi preso na sexta-feira. A gente tem informações que eles adquiriam as drogas através de pessoas comandadas por ele", disse Lana Lages.

A delegada frisou ainda que a organização criminosa também buscava aliciar adolescentes e jovens para o mundo do crime. "Eles se articulavam para que pudessem cada vez mais aliciar adolescentes e jovens. Eles tinham muito contato entre eles: um fornecia droga para o outro, quando um não tinha o outro passava. Então eles estavam em contato diário", afirmou.

Lana Lages destacou também que as vendas ocorriam também nas entradas dos cinemas. Segundo a delegada, os proprietários dos estabelecimentos usados para o comércio das drogas não tinham conhecimento do crime.

"Eles não suspeitaram de nada. O proprietário normalmente deixa a loja ou o quiosque por conta do vendedor e não toma muito cuidado com o que está acontecendo no local", salientou.

Os jovens serão indiciados por tráfico de drogas, associação ao tráfico e formação de quadrilha. As penas somadas ultrapassam 30 anos de prisão. 

De acordo com a polícia, essa foi a segunda fase da Operação Tornado, que ainda não terminou. Segundo Lana Lages, uma terceira etapa está programada e mais prisões podem acontecer a qualquer momento.

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