Polícia

Homem suspeito de matar o assassino da filha vai a júri popular em Vargem Alta

Jadeni Alves de Lacerda e outros cinco homens são acusados de linchar o lanterneiro Gilmarcam Augusto Vieira Teixeira, que teria estuprado e matado a menina Kevilin de Souza, de 10 anos

Kevilin foi estuprada e assassinada, em maio de 2013 Foto: Reprodução

Seis homens irão a juri popular por participação na morte do lanterneiro Gilmarcam Augusto Vieira Teixeira, suspeito de ter estuprado e matado a menina Kevilin de Souza, de 10 anos, em maio de 2013, em Vargem Alta, no sul do Estado. Entre os réus está o pai da menina, Jadeni Alves de Lacerda, que, segundo a denúncia do Ministério Público, seria uma das pessoas que participaram do linchamento do lanterneiro.

Os outros denunciados são Domingos Sávio Daltio, Edmar Vieira Benincá, Elias Josá Rodrigues, Lucimar Dias da Silva e Tarcísio Moyses de Andrade. A sentença de pronúncia foi assinada pelo juiz José Pedro de Souza Netto, da Vara Única de Vargem Alta. Ainda não há data para que ocorra o julgamento.

De acordo com o magistrado, Jadeni será julgado por homicídio duplamente qualificado, por não ter dado chance de defesa à vítima e por ter utilizado meio cruel para cometer o crime. Caso seja condenado, o pai de Kevilin pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

Já os demais réus responderão por tortura, de acordo com o artigo 1º, inciso II, da Lei 9.455/97, que é "submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo".

O juiz baseou sua decisão em depoimentos de testemunhas e dos próprios acusados, além de imagens gravadas em DVD. Segundo o magistrado, os elementos "indicam de forma forte que o acusado Jadeni tinha a real intenção de ceifar a vítima Gilmarcam para vingar a morte da filha".

O caso

Kevilin de Souza sumiu após a mãe ter permitido que ela fosse dormir na casa de uma amiga. O corpo da menina só foi encontrado no dia seguinte, nos fundos de uma oficina mecânica, onde trabalhava o lanterneiro Gilmarcan Augusto Vieira Teixeira.

De acordo com a polícia, o corpo da criança tinha sinais de abuso sexual e estrangulamento. Segundo o delegado da cidade, José Rafael, antes mesmo de ser capturado, o suspeito do crime foi encontrado por populares que o agrediram até a morte.

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