Antes de ser baleada, grávida e marido teriam discutido na Rodovia do Sol

Após ser baleada pelo marido na barriga, a grávida de 23 anos negou a versão dada pelo agente penitenciário aos policiais. Depois de passar por uma cesariana de urgência, a jovem conversou com os policiais civis da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e disse que ela e o marido não sofreram tentativa de assalto. O disparo teria sido feito durante uma discussão entre eles.

Ao ser levado para a delegacia, no último domingo (8), o agente disse, informalmente, para a delegada de plantão, que teria sido vítima de um assalto. Segundo ele, ao revidar atingiu a companheira. Porém, na formalização do depoimento, ficou em silêncio.

A grávida foi atingida na região torácica, enquanto estava no carro do marido. Os dois voltavam de um show em Guarapari, quando teriam discutido, nas proximidades do bairro Ponta da Fruta, em Vila Velha. O homem teria sacado a arma durante a briga e atingido a mulher. Ela foi socorrida por ele que, em seguida, foi encaminhado para a DHPP, onde foi autuado por tentativa de homicídio por dolo eventual (feminicídio), embriaguez ao volante e posse de drogas.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito será encaminhado para o Centro de Triagem de Viana e o caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher. Já segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), a mulher e o bebê, que é uma menina, seguem internadas em estado grave no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.

Por nota, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que o servidor está na Penitenciária de Segurança Média I. A secretaria acrescentou que o caso já está sendo investigado pela Corregedoria e que será instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Se ficar comprovada a má conduta do servidor, o mesmo será punido. As possibilidades de penalidades vão de advertência a expulsão dos quadros da Secretaria.