Política

Prefeito, secretários e vereadores de Vargem Alta são afastados do cargo após operação

O prejuízo aos cofres públicos pode chegar aos R$13 milhões. A Operação Canudal busca cumprir quase 30 mandados de busca e apreensão no município

A operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira Foto: Divulgação / MPES

O prefeito de Vargem Alta, João Bosco Dias (PSB), o presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Quintino (Solidariedade), o Secretário de Obras, Indon Solles Demartini, o Secretário de Agricultura, Daniel Gomes de Moraes, e outros seis servidores da administração municipal tiveram o afastamento dos cargos solicitados, por ordem judicial. O pedido é um dos desdobramentos da Operação Canudal, deflagrada na manhã desta quarta-feira (30).

Segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), a medida foi necessária para dar continuidade às investigações, que começaram em junho deste ano, para apurar a participação de membros da prefeitura em supostas fraudes em contratos e licitações. Os desvios envolveriam empresas dos ramos da construção civil, pavimentação e autopeças. O MPES acredita que o prejuízo pode chegar aos R$13 milhões.

Para o MPES, as empresas combinavam quem venceria as licitações e os servidores da prefeitura facilitariam o esquema. A investigação também aponta para o uso de servidores públicos em propriedades privadas.

A operação denominada “Canudal” cumpre 28 mandados de busca e apreensão. Ainda durante a operação, cinco armas foram encontradas. Uma estava na casa do prefeito, e as outras quatro na residência do presidente da Câmara de Vereadores. Os dois alegaram que são colecionadores.

Durante coletiva de imprensa, o promotor de Justiça e coordenador do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Sérgio Werner, informou que as fraudes envolvem ainda os pagamentos de diárias que não teriam existido. 

A operação ainda está em andamento no município e conta com a participação Ministério Público Estadual (MPES), por meio Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Militar e Servidores da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).

(Com informações de Lenilce Pontini)

Pontos moeda