Esportes

FES afirma que se responsabilizou pelo visto de trabalho de Loco Abreu e pelo Kleber Andrade

Em nota, entidade máxima do futebol capixaba prestou esclarecimentos sobre os assuntos que repercutem desde o último sábado (13), quando aconteceu a polêmica semifinal entre Real Noroeste e Rio Branco

Foto: Divulgação

A Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES) explicou, por nota, os fatos relatados pelo Rio Branco, que justificaram a ação que o clube moveu no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD/ES). No texto, a entidade revela que foi responsável pela emissão do visto de trabalho do uruguaio Loco Abreu, para que o atacante pudesse atuar na primeira rodada. 

Além disso, a federação disse que precisou liderar a locação do Estádio Estadual Kleber Andrade, alegando que a instituição capa-preta não tem "todas as certidões exigidas para a abertura do processo".

>> Loco Abreu: "Quis fazer um sindicato dos jogadores do Estado e não deixaram fazer"

Foto: Daniel Pasti / Rio Branco
Loco Abreu marcou o primeiro, dos seis gols com a camisa do Rio Branco, no dia 23 de fevereiro, no clássico contra o Vitória

A FES disse ainda que lamenta se houve erro de arbitragem que possa ter prejudicado o Rio Branco, com o pênalti marcado no fim da partida, originando o gol que classificou o Real Noroeste, culminando na vitória por 2 a 0.

>> "Prefiro correr risco de desfiliação do que continuar com campeonato de mentira", diz presidente do Rio Branco

Uma das reclamações do Rio Branco foi com relação a ambulância disponibilizada na partida. Segundo a diretoria do clube, "não havia ambulância do tipo UTI Móvel, como exigido no artigo 49 do regulamento da competição. A ambulância presente no local não atendia exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no decreto 2048/2002, além de não possuir kit de primeiros socorros, giroflex em funcionamento, iluminação no compartimento do paciente e bateria própria".

A respeito desse assunto, a Federação alega que a ambulância "fora aprovada pela equipe médica e arbitragem" e que ela foi utilizada em todos os jogos no Estádio José Olímpio da Rocha, em Águia Branca.

Confira a nota na íntegra:

A Federação de Futebol do Espírito Santo, vem a público prestar os devidos esclarecimentos, a respeito das afirmações divulgadas por seu filiado Rio Branco Atlético Clube, no que tange especialmente a partida realizada no dia 13 de abril, no estádio José Olímpio da Rocha, contra o Real Noroeste.

Primordialmente a Federação respeita o direito do Rio Branco de levar ao TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) o que considera infração das Normas e Leis que regem a categoria, as quais seguimos rigorosamente.

Ressalta que administrativamente, a súmula da partida é o documento oficial e será considerado pela FES até a decisão da justiça desportiva, que será imediatamente acatada.

Se efetivamente houve erro de arbitragem quanto a indicação de pênalti contra o Rio Branco, e que, consequentemente, tenha prejudicado o time, lamentamos, já que a Federação vem trabalhando fortemente para que estes tipos de equívocos sejam evitados, investindo maciçamente em qualificação dos árbitros e quadro técnico, porém, é sabido que falhas humanas são inerentes à atividade e infelizmente acontecem.

Repudia a acusação de diferenciação no tratamento junto ao Rio Branco A.C. ou a qualquer outro afiliado. Assim que demandada, a Federação de Futebol atendeu à solicitação do presidente do clube, Sr. Luciano Mendonça, auxiliando o processo de transferência internacional do jogador Loco Abreu e na emissão de Visto de Trabalho junto ao Ministério do Trabalho, a tempo hábil do profissional participar da primeira rodada da competição.

A FES também assumiu a responsabilidade de locação do estádio Kleber Andrade, visto que o clube não possui todas as certidões exigidas para abertura do processo. E de forma contínua, a federação vem orientando a diretoria do clube em todas as questões de ordem administrativa e jurídica, não poupando esforços para assistir o clube, inclusive de forma financeira, postergando pagamentos de dívidas junto à entidade esportiva, tal como com qualquer outro filiado que necessite.

No que diz respeito a ambulância que atendia ao jogo, diferentemente das acusações e considerando a súmula e fotos produzidas na partida, o veículo possuía o desfibrilador em funcionamento, e fora aprovada pela equipe médica e arbitragem. Há de se considerar, ainda, que a mesma ambulância foi utilizada em todos os jogos realizados no estádio, inclusive com o Rio Branco no dia 16 de março, e em nenhum momento do campeonato houve qualquer questionamento das equipes participantes e dos árbitros.

Ressaltando que o estatuto do Torcedor, em seu artigo 16, estabelece em seu texto a necessidade de 01 (uma) ambulância, 01 (um) médico e 02 (dois) enfermeiros padrão a cada 10 mil expectadores, sem mencionar o termo UTI.

A Federação ainda esclarece que na partida realizada entre Rio Branco AC e Serra FC, no dia 16 de março, que gerou atraso em seu início e posteriormente multa do TJD/ES, por falta de 02 (dois) enfermeiros padrão devidamente identificados com documentação do Conselho Regional de Enfermagem (COREN) foi cumprido fielmente o que estabelece o Estatuto do Torcedor. Fato semelhante também ocorreu em partida entre Atlético Itapemirim e Tupy, quando o jogo não foi realizado.

Ressalta que orientou a diretoria do Rio Branco a não ingressar com ações na Justiça comum, sem antes esgotar todas as instâncias da Justiça Desportiva, como determina a legislação em vigor. A medida evita possíveis sanções como desfiliação, previstas nos Estatutos da FES e da CBF.

Repudia veementemente qualquer ato de violência ou incentivo a ela, dentro ou fora dos estádios, que coloquem em risco torcedores, atletas, imprensa, árbitros, dirigentes e profissionais dos clubes e Federação. Neste sentido, a FES já está tomando todas as medidas legais e administrativas para evitar atos deste tipo e punir eventuais responsáveis.

A Federação de Futebol agradece ao Governo do Estado, que por meio da Secretaria de Segurança Pública e Polícia Militar, que tem dado segurança, de forma estratégica e organizada, a todas as partidas de futebol no Espírito Santo.

Pontos moeda